Da minha janela vejo o Bósforo todos os dias: divisões e correntes, agitações e marés. Tal como no homem, tal como no mundo.
segunda-feira, 29 de junho de 2009
domingo, 28 de junho de 2009
Hereditário
Este é dos poemas mais ricos do Sam. Um dos meus preferidos, senão o meu predilecto. Provavelmente o poema mais belo que o Hip-hop português conheceu até hoje.
(recomenda-se audição do registo musical original)
(versos aqui)
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Ele foi uma P.Y.T.
quando apareceu ao mundo, cantando e dançando como só os predestinados.
Foi um dia triste para a Música, para o Espectáculo e para todos aqueles que apreciam a música de Michael Jackson...
Percebo agora que, pela primeira vez, a morte de um artista de massas como Michael Jackson, me deixou cabisbaixo, pensativo.
Foi um dia triste para a Música, para o Espectáculo e para todos aqueles que apreciam a música de Michael Jackson...
Percebo agora que, pela primeira vez, a morte de um artista de massas como Michael Jackson, me deixou cabisbaixo, pensativo.
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Mentiram ao mundo
quando disseram que tudo tem um
fim.
mentiram aos homens,
mentiram-me a mim.
Mentiram ao mundo
quando disseram que tudo é
eterno.
mentiram aos homens e
deram-lhes o inferno.
Mentiram-me a mim
mas eu, fingindo acreditar
no que realmente acreditava,
menti-lhes de volta
pois em minha casa habitam
o fim e a eternidade
e há sempre aberta uma porta.
quando disseram que tudo tem um
fim.
mentiram aos homens,
mentiram-me a mim.
Mentiram ao mundo
quando disseram que tudo é
eterno.
mentiram aos homens e
deram-lhes o inferno.
Mentiram-me a mim
mas eu, fingindo acreditar
no que realmente acreditava,
menti-lhes de volta
pois em minha casa habitam
o fim e a eternidade
e há sempre aberta uma porta.
domingo, 21 de junho de 2009
todos nós precisamos de
This is the number one rule for your set
In order to survive, gotta learn to live with regrets
On the, rise to the top, many drop, don't forget
In order to survive, gotta learn to live with regrets
This is the number one rule for your set
In order to survive, gotta learn to live with regrets
If through our travels we get seperated, never forget
In order to survive, gotta learn to live with regrets
You used to hold me, told me that I was the best
Anything in this world I want I could posess
All that made me want is all that I could get
In order to survive, gotta learn to live with regrets...
(when I was young)
Quando o Jay-Z escrevia boas letras. Quando fazia boa música.
sexta-feira, 19 de junho de 2009
(ó p'ra ele
pouco elegante pouco
peludo pouco
interessante)
Vai e vem sem
saber
muito bem
o que esperar
e de quem
depois situa-se
de frente para o objecto
vai à frente e vem atrás
pára
e pede
(inca)paz.
Mas é
(também)
culpa de quem
o controla
que se parasse
podia pensar
em impedi-lo de fazer do amor uma mola.
Vai
e
vem
vai mais um pouco;
arrisca
vem para trás;
não petisca.
vai, vai, vai
e mais alta é a queda
E ele que nem é duro nem
mudo nem
pedra...
tem os ossos finos e hesitantes
a serem de pedra
só por lúgubres e falsos instantes.
Flecte
dobra-se
retrai-se
fica tolhido. Como um
homem sem pão e com frio.
Perde o pio e perde
a alegria
é o soturno vaivém
de cada dia.
Oh maria,
sejas tu quem fores
massaja-me lá isto
e cura-me as dores.
Oh mulher,
sejas tu quem fores
põe em minhas penumbras
cheiros e cores
enfeita minhas antigas catacumbas
com música e suados
e morenos torpores.
Oh Mulher,
sendo tu quem és
identifica-te e
opera meus pés.
que querem andar para a frente
sem nunca pisarem
o extinto ou o
pendente.
que querem andar
a ti rente.
Pé ante pé.
pouco elegante pouco
peludo pouco
interessante)
Vai e vem sem
saber
muito bem
o que esperar
e de quem
depois situa-se
de frente para o objecto
vai à frente e vem atrás
pára
e pede
(inca)paz.
Mas é
(também)
culpa de quem
o controla
que se parasse
podia pensar
em impedi-lo de fazer do amor uma mola.
Vai
e
vem
vai mais um pouco;
arrisca
vem para trás;
não petisca.
vai, vai, vai
e mais alta é a queda
E ele que nem é duro nem
mudo nem
pedra...
tem os ossos finos e hesitantes
a serem de pedra
só por lúgubres e falsos instantes.
Flecte
dobra-se
retrai-se
fica tolhido. Como um
homem sem pão e com frio.
Perde o pio e perde
a alegria
é o soturno vaivém
de cada dia.
Oh maria,
sejas tu quem fores
massaja-me lá isto
e cura-me as dores.
Oh mulher,
sejas tu quem fores
põe em minhas penumbras
cheiros e cores
enfeita minhas antigas catacumbas
com música e suados
e morenos torpores.
Oh Mulher,
sendo tu quem és
identifica-te e
opera meus pés.
que querem andar para a frente
sem nunca pisarem
o extinto ou o
pendente.
que querem andar
a ti rente.
Pé ante pé.
quinta-feira, 18 de junho de 2009
diz o Stray*:
Já repaste como as mulheres andam sempre a comer maçãs?
Já as viste, de certeza... No autocarro, sentadas num muro, aqui e ali... sempre a comer maçãs.
Achas que é coincidência? Ahahah...
*dos Monstro Robot, cujo disco Monstro Robot, acabadinho de sair, aproveito para publicitar.
Já as viste, de certeza... No autocarro, sentadas num muro, aqui e ali... sempre a comer maçãs.
Achas que é coincidência? Ahahah...
*dos Monstro Robot, cujo disco Monstro Robot, acabadinho de sair, aproveito para publicitar.
terça-feira, 16 de junho de 2009
gestos (coisas sérias)
Que importa o mundo?
importa muito
É nele que nossas bocas
se juntam.
Que importam as palavras?
importam muito
São elas
que dizem a verdade.
Que importam os actos?
importam muito
Para que o amor
não caia no fortuito.
Que importam os factos?
importam muito
É a eles que se agarram
a serenidade e o sabor diário.
Importa tudo,
meu amor.
importa muito
É nele que nossas bocas
se juntam.
Que importam as palavras?
importam muito
São elas
que dizem a verdade.
Que importam os actos?
importam muito
Para que o amor
não caia no fortuito.
Que importam os factos?
importam muito
É a eles que se agarram
a serenidade e o sabor diário.
Importa tudo,
meu amor.
sexta-feira, 12 de junho de 2009
be my guest
Estarei hoje a passar música no bar Rádio, na ribeira, em frente à Alfândega.
Muito funk, breaks, disco, 70's e 80's.
chill!
Muito funk, breaks, disco, 70's e 80's.
chill!
domingo, 7 de junho de 2009
o sufoco
Ou tu
Ou eu
um de nós
devia ser louco
Quando dois sensatos se juntam
é cá um sufoco...
E quando um louco chega
é como uma sobremesa
que leva a língua aos lábios
e nos desprende os músculos
debaixo da tábua tesa
Ou então
apenas nos divertimos momentaneamente
com o louco
e a paixão
continua a saber a pouco.
Não sei.
às vezes queria ser mouco
para ignorar as torturantes vozes
que em minha cabeça
lembram que deus dá nozes.
Não tenho boca sequer,
suspeito.
(quando foges)
Ou eu
um de nós
devia ser louco
Quando dois sensatos se juntam
é cá um sufoco...
E quando um louco chega
é como uma sobremesa
que leva a língua aos lábios
e nos desprende os músculos
debaixo da tábua tesa
Ou então
apenas nos divertimos momentaneamente
com o louco
e a paixão
continua a saber a pouco.
Não sei.
às vezes queria ser mouco
para ignorar as torturantes vozes
que em minha cabeça
lembram que deus dá nozes.
Não tenho boca sequer,
suspeito.
(quando foges)
quinta-feira, 4 de junho de 2009
"Mandei-lhe uma carta em papel perfumado
e com letra bonita disse
ela tinha
um sorriso luminoso tão triste e gaiato
como o Sol de Novembro brincando de artista
nas acácias floridas, na fímbria do mar
Sua pele macia era sumauma
sua pele macia cheirando a rosas
seus seios laranja, laranja do Loje
eu mandei-lhe essa carta e ela disse que não
(...)"
O Namoro, Sérgio Godinho
e com letra bonita disse
ela tinha
um sorriso luminoso tão triste e gaiato
como o Sol de Novembro brincando de artista
nas acácias floridas, na fímbria do mar
Sua pele macia era sumauma
sua pele macia cheirando a rosas
seus seios laranja, laranja do Loje
eu mandei-lhe essa carta e ela disse que não
(...)"
O Namoro, Sérgio Godinho
terça-feira, 2 de junho de 2009
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Recordo-me, aquando dos meus primeiros passos na blogosfera - teria eu 14 ou 15 anos - de lêr um excerto da "Montanha Mágica" do Thomas Mann deixado por uma autora de um blog que hoje já não consigo identificar.
Não me lembro de absolutamente nada.
Apenas do facto de ter chegado ao fim das linhas e ter dito para mim próprio: um dia tenho que lêr este livro. Com muita força o disse, lembro-me agora.
Talvez me lembre, afinal, do mais importante. Adiante.
Ao que parece, o livro é lançado agora em Portugal traduzido pela primeira vez directamente do alemão. O que não deixa de ser para mim uma supresa, apesar de pouco conhecer do autor.*
Mas bem, ficou para mim mais perto o dia.
Engraçado como certas promessas que fazemos a nós próprios não deixam de fazer sentido passado tanto tempo, mesmo sem sabermos grande coisa sobre o que se nos vai deparar. Acontece muitas vezes (porventura em maior número) o invés: o tempo passa, as promessas também. E não é nada que nos entristeça. Ou é pelo menos assim que o percepcionamos, no imediato.
*Li um livro pequenino do Thomas Mann há coisa de um ano. Chama-se "Mário e o Mágico". Seco e enigmático q.b.
Não me lembro de absolutamente nada.
Apenas do facto de ter chegado ao fim das linhas e ter dito para mim próprio: um dia tenho que lêr este livro. Com muita força o disse, lembro-me agora.
Talvez me lembre, afinal, do mais importante. Adiante.
Ao que parece, o livro é lançado agora em Portugal traduzido pela primeira vez directamente do alemão. O que não deixa de ser para mim uma supresa, apesar de pouco conhecer do autor.*
Mas bem, ficou para mim mais perto o dia.
Engraçado como certas promessas que fazemos a nós próprios não deixam de fazer sentido passado tanto tempo, mesmo sem sabermos grande coisa sobre o que se nos vai deparar. Acontece muitas vezes (porventura em maior número) o invés: o tempo passa, as promessas também. E não é nada que nos entristeça. Ou é pelo menos assim que o percepcionamos, no imediato.
*Li um livro pequenino do Thomas Mann há coisa de um ano. Chama-se "Mário e o Mágico". Seco e enigmático q.b.