quinta-feira, 28 de junho de 2012

national anthem



"National Anthem", Born to Die (2012). Lana Del Rey.

terça-feira, 26 de junho de 2012

segunda-feira, 25 de junho de 2012

o joelhinho


O joelho de Claire (1970), Eric Rohmer.

Ir a um cinema que não os dos centros comerciais tem, como se sabe, vantagens perspícuas. Ontem, quando, já em cima da hora, cumprimentei o anafado senhor da recepção (que tinha, atrás de si, uma mini televisão a emitir o Itália-Inglaterra) e pedi por um bilhete, fui brindado com um fanfarrão: 

"então, vem ver o joelhinho, não é?"

Ainda pensei em dizer que não, que ia mesmo era ver o Rohmer (ou a Laurence de Monaghan, digo-o agora), mas depois o Pedro Proença fez uma asneira qualquer e perdi a sua atenção.

contradições de um cinéfilo

Ouvi-o dizer: adorei todos os filmes do Rohmer que vi, mas em nenhum deles consegui deixar de adormecer por uns instantes.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

cosmopolitismo post-habermasiano

Para demonstrar como o seu país (Portugal) é tão atrasadinho em relação a outro (o "estrangeiro", em geral), diz que, em 2003, esteve em Nova Iorque e, já então, se serviam wraps no Mc Donald's (nós, aqui, desgraçados, com o prosaico Big Mac).

segunda-feira, 18 de junho de 2012

reconstrução

"No instante de choque o pesar é diminuto: a dor principiou cerca das três horas da madrugada quando comecei a planear a vida que ainda tinha de viver e a relembrar as recordações de modo a, por qualquer forma, poder eliminá-las. As boas recordações são as piores e eu tentei lembrar as más. Tinha prática. Já vivera tudo isto noutros tempos. Sabia que seria capaz de fazer o necessário, mas era tão mais velho... senti que a energia que me restava não chegava para uma reconstrução".

Graham Greene, O americano tranquilo, Unibolso, p. 158.

História de todas as histórias



"História de todas as histórias", UniVersos (2012). Virtus.
Argumento, realização, filmagem e montagem: Joana Rodrigues.


Novo teledisco de Virtus, desta feita, para "História de todas as histórias":


"(...) se quiserem abanar a cabeça e pensar (sim, as duas coisas são possíveis, por mais que o hip-hop contemporâneo o negue!), então, ficarão certamente a reflectir depois de escutarem (...)  a monumental «História de todas as histórias», autêntico tratado de realismo social (com direito a uma citação implícita de Gabriel García Márquez), onde o olhar aguçado e pessimista de Virtus se foca sobre a condição social como factor determinante da existência humana, naquela que é uma leitura determinista por excelência (...)".

domingo, 17 de junho de 2012

Stuttering is an ideology



Throw Away Your Books, Rally in the Streets (1971), Shûji Terayama.

"Order and obedience are smooth
But the sun stutters".

sexta-feira, 15 de junho de 2012

The Freud in me

Hoje, sonhei que participava numa ocupação, tipo "Rivoli", com radicais de esquerda (eram radicais no voluntarismo, não utilizavam bombas e outro fogo de artifício) À última, cortei-me, por entender que não havia uma "razão de fundo", embora tenha presente, agora, a justeza da acção. Lembro-me, aliás, de ter passado grande parte do tempo, na reunião de preparativos, a perguntar insistentemente pela "razão de fundo" (tanto assim que tenho a sensação de o ter verbalizado enquanto dormia). Acordei e experienciei dois estados de espírito em simultâneo: a penitência e o regozijo.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

eram os anos 80 (2)

Naquele meu artigo de que aqui dei nota ("A golden age existiu?"), questionava a ideia feita dos anos 90 como a época dourada (única, irrepetível) do hip-hop. Nem de propósito, leio, agora, um excelente artigo em que o autor defende os anos 80 como, justamente, o melhor período que o hip-hop conheceu na sua história: "The 80's were golden age of hip-hop", por Tony Green. Diz ele: "What was so great about the ’80s? There were no cookie cutter strip club videos with rappers sliding credit cards through women’s backsides (Nelly), for one. Radio hadn’t blared corporate play lists into fans’ home furniture. And rappers had an individual sound that was dictated by their region and their communities, not by a marketing strategist".
Engraçado é o facto de um dos motivos pelos quais ele toma essa posição ser a produção, nos anos 80, de alguns dos mais emblemáticos álbuns do género. Ora, foi também isso, precisamente, o que eu apontei no meu artigo. E coincidimos na escolha de muitos desses álbuns: It Takes a Nation of Millions to Hold Us Back (Public Enemy), Critical Beatdown (Ultramagnetic MCs), por exemplo.

Agora, fica uma dessas bombas dos anos 80, que tem a particularidade de ser acompanhada por um teledisco suis generis, onde se cruzam alusões cinematográficas (o cinema clássico americano), radiofónicas, publicitárias/consumistas, religiosas (Rakim sempre fez pública a sua fé islâmica) e, claro, musicais (essencialmente, a cena funky jamesbrowniana).



"Paid in Full", Paid in Full (1987). Eric B. & Rakim.


eram os anos 80


Como se lê no boné do senhor da direita: Eric B. e Rakim.

period


Persona (1966), Ingmar Bergman.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

anti-conservadorismo mitigado


Les Parapluies de Cherbourg (1964), Jacques Demy.


Não há vantagens em casar. No máximo, há a vantagem em casar, nem que seja no cinema, com a Catherine Deneuve, só para a podermos ver deste exacto jeito.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Grâce



0:31-0:50. Lola Créton.

Cosmopolis e o ciber-cinema



Como ouvi dizer duas senhoras velhinhas (com muitos mais anos de cinema do que eu de vida) no fim do Cosmopolis: oh, antes havia o Mastroianni... lembras-te?

red alert


Marnie (1964), Alfred Hitchcock.

terça-feira, 5 de junho de 2012

miles


Doop-bop (1992),  Miles Davis.

disparate youth




"Disparate Youth", Master of My Make-Believe (2012). Santigold.

Apesar de gostar do videoclip, não consigo deixar de pensar: anda tudo a armar ao Malick.

sábado, 2 de junho de 2012

HHP n.º 2, Junho 2012



A HIPHOPulsação Magazine está de volta, naquele que é o seu segundo número. Embora atrasada, a nova edição compensa pelo maior volume de conteúdos e, especialmente, pela entrevista com Virtus, de quem me tenho desfeito em elogios (UniVersos é o único disco que ando a ouvir - ouvir, não é passar o dedinho no mp3 de minuto em minuto - desde, creio, Janeiro).
O meu artigo de opinião, intitulado "A golden age existiu?", encontra-se na página 10 (rubrica "Rapensar").

"Falar na golden age dos anos 90 é tema incontestado quando o assunto é hip-hop. Seja para criticar o actual estado de degeneração do hip-hop ou simplesmente para localizar e enaltecer, com um pingo de nostalgia à mistura, um estado de graça que a cultura conheceu, é comum aponta-se os anos 90 como o paraíso na terra. Nas linhas que se seguem, não pretendo negar a existência dessa época “dourada”, antes questionar algumas das ideias feitas a ela associadas.O consenso generalizado em torno da golden age alicerça-se em vários factores, mais musicais uns, mais, digamos, sociológicos outros".

O artigo completo pode ser lido aqui.


sexta-feira, 1 de junho de 2012

ain't nobody home



"Forever Suffering", The Payback (1973). James Brown.