terça-feira, 30 de novembro de 2021

One Time Love




(LP Superbad, 1987, Chris Jasper)

segunda-feira, 29 de novembro de 2021



(EP Melody/Fantasy, 1983, Plustwo)


(Opera, 1987, D. Argento)

 


(Benedetta, 2021, P. Verhoeven)

quarta-feira, 24 de novembro de 2021

Isto às vezes parece um pesadelo


E não disse mais nada. Beijo-lhe a cabeça. Isto. Os beijos do cumprimento da praxe ou um abraço eram coisas que até esse momento jamais havíamos trocado.

quarta-feira, 17 de novembro de 2021

notes to self



A Metamorfose dos Pássaros **
Halloween ***
A Ilha de Bergman ***
Três Andares ****
O Menino da Ama ***
Mulheres de Ginza ***
Cada um na sua cova ****
A Noite Passada em Soho ***
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Metáfora ou a tristeza virada do avesso *
Re-Animator **
Tokyo Giants ****
As Estátuas Também Morrem ***
A Story for the Modlins ***
O Auge do Humano ***
O Som em Redor ***
La Noire de... ***


(Last Night In Soho, 2021, E. Wright)

terça-feira, 16 de novembro de 2021


 

Estereoscópio original do século XIX.

segunda-feira, 15 de novembro de 2021


A descoroçoante cena final de O Menino da Ama (1955, Tomotaka Tasaka) bem joga com a dualidade que o filme, subtilmente, vai estabelecendo entre campo/cidade (num filme pretensamente "político" feito hoje, seria algo da ordem do grito, maniqueísta e demagógico). Na cidade, Hatsu, a Ama, chega para ser, como a sua boca não se cansa de articular, “criada”, “para servir”. E, porém, durante largos minutos, não consegue entrar na casa-fortaleza dos patrões (algum humor aqui, esboço de uma comédia de enganos malgré tout...). É rejeitada, as portas não se lhe abrem; desprezo, indiferença, ofensa são os cartões de visita (o miúdo cumprimenta-a com um tiro de fisga...). Veio para servir e, todavia, não lho permitem, retorcida proibição de vassalagem que só a prepotência concede. Mais tarde, quando o miúdo parte em busca da Ama até à sua distante e agreste aldeia (Akita), as portas estão escancaradas de carinho e atenção (ainda a vassalagem, o culto da tradição e da hierarquia, extensível, como é sabido, às relações de trabalho no arquétipo da empresa japonesa do pós-guerra). As diferenças de uma e outro no acto de penetração em território desconhecido fica por demais evidente (isto é, resultam da mise-en-scène, nunca são “ditas”, outra das qualidades que um filme de hoje em dia não tem inteligência para exercitar). E não só: na cidade, pais desatentos, distantes, e seus filhos mimados, a figura masculina dominante; em Akita, o clã sob tutela matriarcal (contrariando-se a ideia do urbano como lugar “progressista” de uma maior igualdade entre homens e mulheres), miúdos e graúdos em franca cumplicidade.
… Nessa última visita ao miúdo na escola, Hatsu não lhe diz ao que vem. Não se despede. O miúdo, depois de tudo o que viveu com e por ela, não se abstém de a destratar. Novamente. “Se não tinhas nada de especial para dizer, não valia a pena teres vindo”. A classe exploradora (a patroa, tacanha, não se abstém de tirar o mais que consegue da criada pagando-lhe o menos possível) não muda; ou melhor, e como já ouvimos noutros filmes, é preciso que as coisas mudem para que tudo fique na mesma. Uma tomada de consciência, um desencanto resignado com a torpeza das relações humanas naquele pátio de escola árido, vazio do buliço das crianças. Mas, em verdade, não apenas isso (ou não apenas a classe exploradora que não muda...): também o reconhecimento de uma certa dose de responsabilidade da Ama – da “Vítima” – na perpetuação do status quo, visível no modo perfeitamente inexplicável, perfeitamente absurdo, como se abstém de esclarecer o motivo para o casaco do marido da patroa estar no armário do seu quarto (facto que a patroa toma como roubo).
Mas ainda sobre o miúdo na escola… Talvez não... Quiçá tenha justamente pressentido (ou ouvido das conversas dos pais) que se tratava da derradeira despedida e, em negação, finge, "representa" o seu papel (o que lhe cabe na hierarquia social), joga o jogo para ignorar a realidade… Como se, resgatando a sua original posição de superioridade e subjugação, enfim dissesse: Não, não te autorizo a partir, preciso de ti...

sexta-feira, 12 de novembro de 2021

nativo



(LP Toda a gente pode ser tudo, 2016)



"O meu coração bate
Às vezes não sei o caminho que isto leva
Bate
Muitas vezes leva uma pessoa a ficar cega

Na tribo de balança
Nativo da ilha de São Tomé
Onde eu tive uma dança
Mantive-me activo na minha fé
Com um sorriso diferente
P'ra ti, toda a gente
Pensativo, não vivo
Sem o meu livro que me dá as folhas"


 

(Tre Piani, 2021, N. Moretti)

segunda-feira, 8 de novembro de 2021



(LP Easter, 1978)


"Baby was a black sheep baby was a whore
Baby got big and baby get bigger
Baby get something baby get more
Baby baby baby was a rock n roll nigg​er
Oh look around you all around you
Riding on a copper wave
Do you like the world around youAre you ready to behave
Outside of society they're waitin for me
Outside of society that's where I want to be
 
Lenny!
 
Baby was a black sheep baby was a whore
You know she got big. Well she's gonna get bigger
Baby got a hand got a finger on the trigger
Baby baby baby is a rock n roll nigg​er
Outside of society that's where I want to be
Outside of society they're waitin for me
 
Those who have suffered understand suffering
And thereby extend their hand
The storm that brings harm
Also makes fertile blessed is the grass
And herb and the true thorn and light
 
I was lost in a valley of pleasure
I was lost in the infinite sea
I was lost and measure for measure
Love spewed from the heart of me
I was lost and the cost
And the cost didn't matter to me
I was lost and the cost
Was to be outside society
Jimi Hendrix was a nigg​er
Jesus Christ and Grandma too
Jackson Pollock was a nigg​er
Nigg​er nigg​er nigg​er nigg​er
Nigg​er nigg​er nigg​er
Outside of society they're waitin' for me
Outside of society if you're looking
That's where you'll find me
Outside of society they're waitin for me"

quarta-feira, 3 de novembro de 2021






(Re-Animator, 1985, Stuart Gordon)



(LP The Secret of Association, 1984, Paul Young)

terça-feira, 2 de novembro de 2021

 "«Corre por aí, é certo», prosseguiu, «uma teoria que diz que amar é andar em procura da sua própria metade... Mas o que a minha teoria diz é que não há amor de uma metade ou de um todo - a não ser, evidentemente, que por acaso se trate do Bem! Pelo contrário, as pessoas consentem até em amputar os seus pés e as suas próprias mãos se virem que essas partes do corpo lhes são nocivas... Não, o que cada pessoa estima não é, creio, o que faz parte de si (a menos que por 'aparentado' e 'parte de si' se entenda o Bem e o mal, como alheio...), dado que aquilo que os homens amam de verdade não é outra coisa senão o Bem. Ou não achas que é isso?»".

(O Banquete, Platão)