sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Embriagado, de estômago farto, caminhaste comigo pela calçada, vais por onde?, ah se vais por aqui vou contigo, está bem, ou queres ir andando? não, vem comigo até mais lá à frente.
Com os olhos mortiços e um sorriso puro mas cansado, pardacento, disseste-me diverte-te e não te encafues han, tem um bom ano meu querido, meu extraordinário. Sim.
Rodei nos calcanhares, chorando-me por cada nervo trémulo do meu corpo, puxei a gola para cima, chorando-me por cada nervo trémulo do meu corpo e inspirei o ar de frente.
Choro, choro-me, sempre que recordo essa imagem que ainda nem tempo de vida teve para ser imagem ou memória, tu e o teu ombro que serviu de janela às minhas lágrimas, escondidas de ti, pingando nas tuas costas.

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