Pensando bem, talvez não haja melhor ilustrativo do modo como a crise de Margherita é a tal ponto profunda que a faz desacreditar (ou, pelo menos, duvidar) do seu "cinema social" do que a tal frase sobre os figurantes contratados para operários. Dizendo "este é o meu filme", ou seja, que pode e quer reiventar a realidade, que, mais do que isso, pode e quer criar
uma ou
outra realidade, Margherita solta-se, precisamente, definitivamente, dos espartilhos do realismo.
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