quarta-feira, 29 de março de 2017

Crítica - "More Life"




Depois da minha crítica a Views (2016, ler aqui), continuo a acompanhar o singular trajecto de Drake, agora olhando para o seu recém-editado trabalho More Life.

Para ler mesmo ali ao lado no Rimas e Batidas (clicar).


Eppur si muove – apesar da inegável existência de uma “fórmula Drake”, apesar de tudo parecer relativamente idêntico, há neste álbum (…) um movimento qualquer de deslocação, uma tendência para aqui ou para ali que impede a estagnação, que abre sempre, mesmo que timidamente, a porta a algo mais (a um género, a uma geografia, ou, simplesmente, a uma qualquer atmos...fera nova…). (…) A obra de Drake, neste momento, funciona um pouco como o planeta Terra: embora pareça parada, está, na verdade, num lento, profundo (…) e permanente movimento, embora possuindo sempre, também como a Terra, uma centralidade referencial (o hip hop, o R&B). Se essa trajectória se concretizará numa translação e, consequentemente, num retorno ao ponto de partida (o que seria o definitivo atestado do esgotamento criativo de Drizzy) ou se prosseguirá livre e indefinidamente no cosmos, eis o que fica (novamente) por saber”.

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