terça-feira, 15 de abril de 2008

quid iuris?

Temos de distinguir entre duas coisas: o que a lei dita e o que eu aprendi através da minha experiência pessoal; o senhor não deve fazer confusão entre elas. No Código da Justiça, que, devo confessar, nunca li, está estabelecido, sem dúvida, que, por um lado, o inocente deve ser absolvido, mas não está estabelecido, por outro lado, que os juízes podem ser influenciados. Neste momento sei, por experiência, que tenho ideias diametralmente opostas. Não sei de um único caso de absolvição definitiva, mas têm-me deparado muitos casos de influência pessoal.

in O Processo, Kafka

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