O Poble Espanyol é um recinto circundado por muralhas que pretende ser um repositório cultural e social de Espanha. Como se costuma dizer, Espanha não é um estado: são vários estados (ou regiões autónomas, para ser mais preciso) juridicamente unificadas numa só. De forma mais ou menos harmoniosa (veja-se o País Basco ou a Catalunha).
Ora o Poble Espanyol procura reunir num só espaço os fragmentos dessas diferentes identidades, ou pertenças na visão tão clarividente de Amin Maalouf no seu livro Identidades Assassinas.
O que procura então reunir? As diferenças estéticas urbanas, desde as ruas às fachadas arquitectónicas das casas. As lojas estão também dividas por zonas de Espanha. Assim vamos na rua, olhamos à nossa direita e encontramos a casa-loja do País Basco.
A ideia até parece engraçada até ao momento em que descobrimos que a casa-loja do País Basco se resume à sua construção arquitectónica. Porque quem está lá a trabalhar ou os produtos que estão a vender não são do País Basco nem coisa parecida. São produtos. Tudo artesanato, é certo. Mas produtos, feito algures. Isto foi-me contado pelos próprios empregados das lojas. A partir daqui, a visita tem o seu quê de desilusão.
No extremo oeste do recinto fica um fantástico jardim de esculturas, onde muito me diverti a tirar algumas fotografias.
Funciona ainda, perto da entrada do recinto, uma discoteca muito conhecida, cujo nome neste momento não me recordo.
engraçado que fales sobre a rivalidade entre as regiões autónomas espanholas. eu também pensei que a rivalidade seria apenas entre país basco e madrid ou catalunha e madrid, contudo, nos dias em que lá estive vi um programa de televisão que me mostrou que a rivalidade não fica apenas por aí. com tempo irei falar sobre isso no meu blogue.
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