quarta-feira, 4 de abril de 2012

afortunada




De uma coisa a Carey Mulligan se pode orgulhar: de ter contracenado, num só ano (2011), com os dois maiores actores do momento (entenda-se um conjunto lato de atributos: talento, pinta, pose, bom gosto dos filmes em que se metem, etc.). Curiosamente, em filmes em que tanto Michael Fassbender (Shame) como Ryan Gosling (Drive) encarnam misantropos high life marcados por um vazio profundo e, aos nossos olhos, (relativamente) incompreensível. E há várias similitudes entre as duas personagens: a despeito do traço associal, de nenhum dos dois nos é dado o seu background, o qual, todavia, pressentimos poder ser uma peça-chave para decifrar o seu modus vivendi actual (sobretudo Fassbender - já muito se falou, com todos os riscos que estas indagações comportam, nos eventuais abusos sexuais sofridos por Brandon na infância, ou na possível relação incestuosa com Sissy).

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