sábado, 12 de julho de 2014

o que há de novo


"Não posso ficar", EP Sem Censura (2014). Grognation.

A falta de tempo obriga-nos, entre outras coisas, a cometer injustiças. É isso que explica que não tenha feito as críticas que gostava de ter feito aos mais recentes trabalhos da Grognation (miúdos com rap para dar e vender, tipo Pro Era portugueses), Alcool Club e Profjam, pese embora dos últimos dois tenha vindo a deixar aqui alguns excertos.

Bom, à falta de tempo importa contrabalançar com os elogios e as recomendações de que oiçam o que de mais excitante se vem fazendo no hip-hop português, que começa, agora sim, a atingir um elevado nível de heterogeneidade, o que nos permite estar a abanar a cabeça com um boom-bap jazzy clássico para, no minuto seguinte, estarmos a salivar com uma traparia preenchida por sintetizadores e por um bass a rebentar pelas costuras. E o mesmo se poderia dizer das letras, oscilando, em igual nível de criatividade e apuro técnico, entre registos ora introspectivos e poéticos, ora festivos e destrutivos (eufemismo para egotrips, bitches, weed e afins).

Isto dito, fica uma superficialíssima - e peço-vos que dêem crédito ao superlativo - lista de sugestões para cada álbum:

1. Grognation, EP Sem Censura: "Salva de Palmas", "Casa dos 20", "Distante", "Não posso ficar";
2. Alcool Club, CLUB 120.º: "Maçã de Adão", "Sério", "Se o amanhã não chega", "Quando a minha voz", "Atlantis";
3. Profjam, The Big Banger Theory - Full Mixtape: "Frank Einstein", "Matança", "É Nossa", "Money", "Bored", "Cépticos", "Drogas & Bottles", "Fly", "Viciada".

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