segunda-feira, 25 de setembro de 2017

sinistro rodoviário

Ela subiu, eu desci, "então vamos para casa", dois copos abruptamente abandonados no canto da rua a servirem de evidência ao acidente violento (quando conduzir, não beba, não é o que dizem, meu amor?). Uns passos abaixo e chega uma ambulância, sirenes, paramédicos, coletes amarelos, uma maca, mesmo a calhar: estou ferido, levem-me, adormeçam-me, acordem-me no dia seguinte com os meus pais e o meu irmão de cada lado da cama a reconfortar-me, "foi só um susto, Xico, já passou", sim, já passou, vamos para casa, quando posso sair daqui, Doutor?

Sem comentários:

Enviar um comentário