quinta-feira, 4 de julho de 2019

o teu a ir, o meu a ameaçar que vai, e nós, irmãos mais velhos, a falarmos de discos pela noite fora ao telefone, o trompetista que quer criar música nova, completamente nova; mas o novo não vale por si próprio, apenas pelo facto de ser novo. será? petulante ou não, é de um parto que o trompetista fala, vida que ele sopra furiosamente pelo não, não é fúria, festivamente, vida que ele sopra festivamente pelo cano escuro: epifania, recomeços, um hospital que desejamos converter numa única e enorme ala de obstetrícia.

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