("Mixer", single, Amber Mark, 2019)
Da minha janela vejo o Bósforo todos os dias: divisões e correntes, agitações e marés. Tal como no homem, tal como no mundo.
quinta-feira, 29 de junho de 2023
terça-feira, 27 de junho de 2023
Do Donbass a Hiroshima: Paisagens Traumáticas, Paisagens de Monstros
Ensaio na Skhema Magazine, Revista Interartes do Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa da FLUP.
"A pedra de toque em Godzilla está, malgré tout, na sua fundamental nota de optimismo (no que de facto se afasta de Os Filhos de Hiroshima e Chuva Negra), mesmo se dada literalmente através de um... seppuku. Um segundo cientista (o facto de usar uma pala num dos olhos imprime-lhe uma certa dimensão mediúnica) revela ter criado um dispositivo capaz de destruir oxigénio e consequentemente, de tudo o que viva dentro de água (como o Godzilla). Uma descoberta genial e, simultaneamente, perigosíssima – tal como, portanto, a da bomba nuclear. Ciente de que a destruição dos seus estudos e investigações não será suficiente para impedir a sua má utilização por terceiros (“Mesmo que eu os queime, eles continuarão na minha cabeça e poderão ser extraídos de mim à força!”, como que prenunciando a interferência do Algoritmo e outras distopias neurotecnológicas do tempo em que hoje vivemos), levará a sua ética humanista até às últimas consequências. Acedendo a utilizar a sua descoberta por uma única vez para destruir Godzilla, suicidar-se-á de seguida, tal qual, no Bushidō, os samurais se sacrificam em nome da sua honra em vez de ficarem à mercê do inimigo – em vez da sua descoberta ficar à mercê das mãos erradas.
Se falámos em optimismo é porque, nesta oposição entre "velhos” (os que criaram a bomba atómica e a entregaram aos políticos) e “novos” cientistas, são os segundos que decidem, com a própria vida, reger-se por uma inabalável ética na preservação do mundo e seus equilíbrios naturais. São os jovens – sugere o filme – que poderão (?) fazer no futuro algo melhor do que os seus pais (e, porém, sabemos como os jovens serão velhos, que terão filhos, que serão novos e depois velhos…). Para isso, não matam o pai, mas, se necessário, como no caso de Chuva Negra, matam-se a si próprios".
terça-feira, 20 de junho de 2023
segunda-feira, 19 de junho de 2023
quarta-feira, 14 de junho de 2023
RECONSTRUÇÃO na competição do Arquiteturas Film Festival
O RECONSTRUÇÃO volta às salas, desta feita na competição oficial do Arquiteturas Film Festival. Dia 3 de Junho, 15h45, na Casa Comum - Cultura Universidade do Porto (Reitoria da UP).
Estarei para a apresentação e conversa.
Até já :)
terça-feira, 13 de junho de 2023
notes to self
mal viver **
viver mal *
a sindicalista *
air **
close **
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rien de foutre **
arrebato (iván zulueta) ***
the lovers (azazel jacobs) ***
frieda (mai zatterling) ***
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Irma Vep [série] ****
segunda-feira, 12 de junho de 2023
In The End You'll Know
(LP Imagine This IS A High Dimensional Space Of All Possibilities, James Holden 2023)
Trust Your Feet
(LP Imagine This IS A High Dimensional Space Of All Possibilities, James Holden, 2023)
segunda-feira, 5 de junho de 2023
sexta-feira, 2 de junho de 2023
Picasso Baby!
(LP Magna Carta... Holy Grail, 2013)
tentei publicá-la, à canção e à letra, diversas vezes, mas os Guardas têm-me impedido, enunciando que viola os "padrões da comunidade". "I'm the modern day Pablo Picasso baby"...; bom, estamos certos e seguros de que o dito cujo, no dias que correm, também não veria os seus quadros expostos (mas ah!, existe mesmo quem já os queira remover pelo facto de ter sido alegadamente um tipo execrável na sua vida pessoal)... oh, what a feeling
quinta-feira, 1 de junho de 2023
"Do Donbass a Hiroshima": ensaio publicado na Revista SKHEMA
O meu ensaio DO DONBASS A HIROSHIMA: PAISAGENS TRAUMÁTICAS, PAISAGENS DE MONSTROS foi recentemente publicado no novo número da Skhema Magazine, Revista Interartes do Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa da FLUP.
Bombas, minas, fotografia, cinema. Ainda os homens.