quarta-feira, 16 de junho de 2021

Mini-ciclo de cinema "25 ANOS FDUP E O MUNDO EM TRÊS DÉCADAS: O FIM DA HISTÓRIA QUE NUNCA CHEGOU"


No âmbito das comemorações dos 25 anos da FDUP, decorrerá, entre 1-4 Julho, na Reitoria da UP, o mini-ciclo de cinema que tive o o prazer de programar a convite da minha Faculdade: "25 ANOS FDUP E O MUNDO EM TRÊS DÉCADAS: O FIM DA HISTÓRIA QUE NUNCA CHEGOU". A ideia inicial, muito mais ambiciosa, era a de um ciclo com 25 filmes, um por cada ano, mas por razões práticas não se a pôde, infelizmente, levar por diante (ficou aqui um esboço disso:
https://sigarra.up.pt/fdup/pt/noticias_geral.ver_noticia?p_nr=34274).

Paralelamente ao ciclo, e por insistência da Faculdade, gesto que naturalmente me tocou, será também exibido o filme que co-realizei com a Catarina David, "Não Consegues Criar O Mundo Duas Vezes" (2017).
A entrada é gratuita para toda a comunidade, académica e não académica, wherever you are, e os filmes serão precedidos da apresentação por convidados. Venham e tragam um amigo. Até já!

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MINI-CICLO DE CINEMA - 25 ANOS FDUP E O MUNDO EM TRÊS DÉCADAS: O FIM DA HISTÓRIA QUE NUNCA CHEGOU"
1 Julho: Não Consegues Criar O Mundo Duas Vezes (2017), de Catarina David e Francisco Noronha, apresentado pelos realizadores (sessão especial paralela ao ciclo)
2 Julho: O Passo Suspenso da Cegonha (1991), de Theo Angelopoulos, apresentado por Joana Canas Marques
3 Julho: Timbuktu (2014), de Abderrahmane Sissako, apresentado por João Sousa Cardoso
4 Julho: Se as Montanhas se Afastam (2015), de Jia Zhang-ke, apresentado por Ricardo Vieira Lisboa

BREVE APRESENTAÇÃO
Os 25 anos da FDUP correspondem a três conturbadas décadas que marcam intensamente o mundo na passagem do século XX para o século XXI. Num esforço de extrema síntese, pretende-se com este comemorativo mini-ciclo de cinema partir da FDUP enquanto Academia – lugar de troca e saber (para o que sempre contribuiu, extra-curricularmente, o Cineclube FDUP) – para olhar e compreender o “mundo no arame” (parafraseando o título da série televisiva realizada nos anos 70 por Rainer Werner Fassbinder) no início de uma nova e turbulenta década sob os auspícios dramáticos da pandemia Covid-19.
O que tem dito o cinema sobre o mundo (o do Direito, também, e dessa sua quiçá “prima muito afastada” chamada Justiça, nas palavras de Manuel António Pina) nestes últimos trinta anos? Ou, de outro ângulo, de que forma tem a realidade inquietado e instigado os cineastas, testemunhas silentes e espantadas, como nós, de um tempo atordoante, vertiginoso? Dos Balcãs à noção existencial, jurídica também, de “fronteira” num mundo no borders (?), do 11 de Setembro ao extremismo político e religioso, das crises climática e dos refugiados ao lugar da China no novo mapa geo-político mundial, eis três filmes – todos realizados nas últimas três décadas – para pensarmos juntos e em conjunto sem redes algumas que não as da curiosidade, da dúvida, do diálogo.

Programação: Francisco Noronha (Alumni FDUP e Jurista; crítico do jornal PÚBLICO e realizador)

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