Da minha janela vejo o Bósforo todos os dias: divisões e correntes, agitações e marés. Tal como no homem, tal como no mundo.
sexta-feira, 28 de maio de 2010
labor
(...)
De que valeria a obstinação do saber se ela assegurasse apenas a aquisição de conhecimentos e não, de um certo modo, e tanto quanto for possível, o descaminho daquele que conhece? Momentos há na vida em que a questão de saber se é possível pensar de modo diferente daquele que se pensa e perceber de modo diferente daquele que se vê é indispensável para continuar a observar ou a reflectir. Dir-me-ão talvez que esses jogos consigo mesmo devem permanecer nos bastidores e que na melhor das hipóteses fazem parte desses trabalhos de preparação que se extinguem por si quando produzem os seus efeitos. Mas o que é afinal a filosofia actualmente - refiro-me à actividade filosófica - senão o trabalho crítico do pensamento sobre si próprio? (...) O «ensaio» - que é preciso entender como uma experiência modificadora de si próprio no jogo da verdade e não como apropriação simplificadora dos outros com fins de comunicação - é o corpo vivo da filosofia, pelo menos se ela for ainda hoje o que era outrora, quer dizer, uma «ascese», um exercício de si, no pensamento".
História da Sexualidade - II: O Uso dos Prazeres, Michel Foucault
terça-feira, 25 de maio de 2010
give you my love
Orelha Negra - M.I.R.I.A.M. from Hidde de Vries on Vimeo.
Orelha Negra (quem é que ainda não ouviu este super grupo?) - "M.I.R.I.A.M." Depois desta música e, sobretudo, deste videoclip, não há desculpa...sexta-feira, 7 de maio de 2010
"These streets hold my deepest days
This hood taught me golden ways
Made me, truly this is what made me
Break me, not a thing's gonna break me
Ohh, I'm that history I'm that block
I'm that lifestyle I'm that spot
I'm that kid by the number spot
That's my past that made me hot
Here's my life long anthem
Can't forget about you
(Can't forget about, Can't forget about you)"
"Can't forget about you", Nas.
terça-feira, 4 de maio de 2010
ela diz mas tu pensas que quê, que fizeram esta guerra de sexos para ficar tudo na mesma?
ele diz não ficou, não. Hás-de ter razão, pois o que vejo é que além de eu já não ser o homem nesta relação, que além de tu já não seres a mulher, já não somos coisa nenhuma. Não te queria bater, não queria que cozinhasses para mim; repugnam-me essas merdas. Mas agora que este caos toma conta dos homens e das mulheres, ai isso toma, e não vejo o que de bom isso tem.
ela diz como? Que dizes?
ele diz sim. É que o amor também tem regras, hierarquias, códigos ancestrais de sedução e convivência. Vivermos sem esses códigos é o primeiro passo para o extinguir.
ela diz velho, retrógado, anacrónico.
ele diz sim, admito que o sou: como o amor.