Já tinha dado notícia do primeiro single, "Caminho de volta", do novo álbum de Virtus, prontinho a sair em Janeiro. Agora é a vez de "De que forma". Pelas amostras, e a não ser que Virtus seja um cruel ilusionista, UniVersos será um dos grandes discos do hip-hop português de 2012 (elogios a uma escala maior, que já me apetece fazer, deixo-os, por prudência, para momento pós-audição) e da música portuguesa, em geral.
Esperemos, agora, que a crítica lhe preste a devida atenção, a mesma com que brindou, por exemplo, o grandioso álbum de Haloween (até, pasme-se, o B Fachada o apontou como um dos discos do ano!) , "A Árvore Kriminal" (de que, muito injustamente, ainda não falei aqui). É que o hip-hop português funciona, em termos mediáticos, um pouco à imagem do cinema português: só se fala nele, quase sempre, para dizer trivialidades bacocas ("ai e tal, a vossa música é, tipo, música de intervenção, né?"; ou "vocês inspiram-se nas ruas para falar do que sentem, para espalharem a vossa mensagem?") e a propósito de exemplares péssimos ("Call girl" no cinema, por exemplo, e uma série de porcarias, NGA e afins, no hip-hop), o que só contribui para uma desinformação brutal, massificada, que só afasta, está bom de ver, potenciais ouvintes. Mas isto é assunto para um ensaio com pés e cabeça, o qual teria o maior gosto (já não o tempo, receio) em fazer se alguma alma caridosa, eventualmente editora de um publicação interessante, o entendesse pertinente. Enquanto milagres desses não acontecem, oiçamos:
Esperemos, agora, que a crítica lhe preste a devida atenção, a mesma com que brindou, por exemplo, o grandioso álbum de Haloween (até, pasme-se, o B Fachada o apontou como um dos discos do ano!) , "A Árvore Kriminal" (de que, muito injustamente, ainda não falei aqui). É que o hip-hop português funciona, em termos mediáticos, um pouco à imagem do cinema português: só se fala nele, quase sempre, para dizer trivialidades bacocas ("ai e tal, a vossa música é, tipo, música de intervenção, né?"; ou "vocês inspiram-se nas ruas para falar do que sentem, para espalharem a vossa mensagem?") e a propósito de exemplares péssimos ("Call girl" no cinema, por exemplo, e uma série de porcarias, NGA e afins, no hip-hop), o que só contribui para uma desinformação brutal, massificada, que só afasta, está bom de ver, potenciais ouvintes. Mas isto é assunto para um ensaio com pés e cabeça, o qual teria o maior gosto (já não o tempo, receio) em fazer se alguma alma caridosa, eventualmente editora de um publicação interessante, o entendesse pertinente. Enquanto milagres desses não acontecem, oiçamos: