(Det sjunde inseglet / O Sétimo Selo, 1957, I. Bergman)
Da minha janela vejo o Bósforo todos os dias: divisões e correntes, agitações e marés. Tal como no homem, tal como no mundo.
sexta-feira, 31 de maio de 2019
segunda-feira, 27 de maio de 2019
7-05-2019
(LP Macadelic, 2012)
7-09-2018 - ou dar aos braços, que a maré vai levantar e descer e levantar
"You take away the pain and I thank you for that
If I ever get the chance, bet I'm paying you back
I'mma be waiting for that
I'mma be waiting for that"
shea butter baby
no ípsilon da passada sexta-feira, a propósito de Shea Butter Baby, belo LP de estreia de Ari Lennox, deixo a sugestão (desejo) para que os senhores promotores a tragam cá a breve trecho – e se escrevo “olhando para a programação de concertos dos próximos meses” (e não “para a programação de festivais de Verão”), é porque gostava de assistir a um concerto seu como foi o de Toro y Moi na semana passada no Porto:
um concerto em que as pessoas estão realmente lá para ver um músico em concreto, sem estarem à espera do que vem “a seguir” (a ânsia, sempre), sem consultarem o papelinho ou a “app” para ver o que está a acontecer em simultâneo nos setenta e quatro palcos em redor, sem mastigarem o prego gourmet enquanto conversam sobre as chatices do escritório porque nem estão ali para ver “este gajo, mas o que toca às 23h15 no palco trinaranjus”, etc., etc. um concerto em que rarearam (efectivamente!) os telemóveis no ar e em que houve tempo para o que um espectáculo ao vivo deve ser: intenso, concentrado, divertido, envolvente. casais abracadinhos, gente sozinha a dançar, grupos em histeria (entoando a "Freelance", "pa pa pa pa ra, pa pa pa pa ra ra", como se de um hino de estádio de futebol se tratasse), tipos silenciosos a observar tudo com muita atenção, enfim, um concerto “normal” com pessoas “normais” (impossível descortinar uma ou várias “ondas”, parecia só gente que por um dia se tinha esquecido de levar os adereços de sinalização grupal). e que bom que foi... de concertos “incríveis” já está, como é sabido, o inferno cheio. depois de uma primeira parte esquecível (erika de casier), chaz, sem prolongar demasiado o suspense, entrou a horas decentes (22h quase e 30) para um concerto sólido, charmoso, seguro (os únicos momentos menos bons quando a bateria se lembrava de acelerar sem motivo aparente, escangalhando a orquestração). talvez demasiado eficiente, é certo, mas, novamente, um espectáculo justo, “normal”, sem artificialismos de ocasião (“best audience in the world”, veejaying estéril, etc.), muito bem tocado sob a batuta de chaz no korg. ficou, claro, a impressão de que foi curto, de que se poderia ficar lá horas e horas, que chaz tem repertório para toda uma noite e seus diferentes moods, do disco funk vivaço ao psicadelismo mais negro, “technado” mesmo, para tocar das 5h da manhã em diante. tocou a “Freelance” duas vezes seguidas só porque sim (“- you wanna do it twice?” – “yeaaaaahhh”; - “okay, fuck it, let’s do it”) e despediu-se com a “Rose Quartz” sem concessões (“we don’t make that encore thang anymore”) e sem pingo de sobranceria. belo concerto, sem bullshit, só música e emoções.
quinta-feira, 23 de maio de 2019
notes to self
A Favorita ***
Sinónimos **
Extremamente Perverso, Escandalosamente Cruel e Vil **
3 Rostos ***
quarta-feira, 22 de maio de 2019
yesterday's
(LP On The Way To The Sky, 1981)
"Yesterday's songs
Don't seem to belong
They're here and they're gone
Yesterday's moves
Don't stay in the grooves
They keep moving on"
terça-feira, 21 de maio de 2019
night sketches
São frequentemente incluídos numa nova vaga da música popular francesa, embora não acreditem nela – talvez porque já estejam demasiado ocupados a fazer música feliz para o zeitgeist sombrio. Há pouca gente a falhar com tanto charme quanto Armand e Ulysse, os dois da vira airada que compõem os Papooz.
No Ípsilon da passada sexta, à conversa com os Papooz em torno do seu novo LP Night Sketches
quarta-feira, 15 de maio de 2019
terça-feira, 14 de maio de 2019
L.O.V.E.
(LP You Can't Hide Your Love Forever, 1982)
"a walk down Main street
an apple that's so sweet
something that can't be beat
it's strange to me"
an apple that's so sweet
something that can't be beat
it's strange to me"
Não Consegues Criar O Mundo Duas Vezes - na TV
[Cartaz: José Vaz]
O filme que realizei com a Catarina David em 2017 tem 7 vidas: depois dos festivais e de ter estado em exibição no Cinema Trindade, vai agora poder ser visto na caixinha lá de casa.
Estreia hoje, às 22h, no TVCINE 2, e repete no dia 1 Junho (sábado), pelas 13h.
Porto's Hip-Hop History Will Be Televised
segunda-feira, 13 de maio de 2019
"L.E.V." no ípsilon
L.E.V. - Livre e Espontânea Vontade, de Praso, no ípsilon da passada sexta-feira
"Contas feitas, se nós, terminada a escuta de L.E.V., dissermos que nos sabe a pouco, que isso não impeça ninguém de atentar no disco (só aquele trocadilho com a “Duia” dos Da Weasel seguido do pronunciar “Baby, Baby” à Biggie em “Quasar” vale a atenção ao disco) mas, sobretudo, de mergulhar nos anteriores – é uma das formas de, pelo meio do refugo que vem sendo sofregamente vendido por promotores como bandeira do “espantoso momento do hip-hop português”, encontrar o que de realmente espantoso ele encerra. Uma boa parte dele não está nos festivais, mas continua a estar onde interessa: nos discos".
On-line: https://www.publico.pt/2019/05/11/culturaipsilon/critica/tarde-demais-re-descobrir-praso-1871914?fbclid=IwAR0DyFf_Kw7qslFT9a_mBs8hnEpQZLYDyazozxWjBhMBSPkwmtsvHPuBtxc
IndieLisboa '19
Tarde muito bonita a de um sábado de há umas semanas atrás (dia 4 Maio), em que o meu novo filme O DESPISTE estreou na competição "Novíssimos" do IndieLisboa. Muito feliz por ter visto lá rostos de sempre, de anos mais recentes, inclusivamente de gente que conheci, ali mesmo, pela primeira vez para lá do ecrã do computador. Aconteceu na sala Manoel de Oliveira - que, corredor de automóveis como foi, quero acreditar também ter lá passado para dar uma olhadela. Que bem que se esteve no cinema, ó Adelaide.
Cartaz por Eduardo Romão
Cartaz por Eduardo Romão
O DESPISTE (2019), um filme de Francisco Noronha
Escrito, montado e realizado por: Francisco Noronha
Câmara e pós-produção de imagem: Catarina David
Assistente de montagem: Inês Petiz Viana
Pós-produção de som: João Almeida
Música original: Catarina Sá
Voz: Nuno Sanches
Grafismo: Eduardo Romão
Uma produção A Bunch of Kids
Escrito, montado e realizado por: Francisco Noronha
Câmara e pós-produção de imagem: Catarina David
Assistente de montagem: Inês Petiz Viana
Pós-produção de som: João Almeida
Música original: Catarina Sá
Voz: Nuno Sanches
Grafismo: Eduardo Romão
Uma produção A Bunch of Kids
sexta-feira, 10 de maio de 2019
notes to self
Hotel Império **
Chuva É Cantoria Na Aldeia dos Mortos ***
Beach Bum ***
Diamantino **
Kursk *
Touch Me Not *
Us ***
Glass ***
Greta *
Greta *
quinta-feira, 9 de maio de 2019
segunda-feira, 6 de maio de 2019
the dot stands for detail
Yes, Lawd!: Anderson .Paak no ípsilon da passada sexta-feira.
"Não é que a diferença seja da água para o vinho, mas o certo é que Ventura, disco produzido no mesmo período de Oxnard (editado no ano passado), é bem claro na demarcação do terreno onde a voz e o groove do californiano melhor se movimentam".
On-line: https://www.publico.pt/2019/05/03/culturaipsilon/critica/venturoso-anderson-paak-1870994?fbclid=IwAR0Xj93xU7BQ-E01AlANBVL-EywKX6WNq2wziQEPy_-hiQdvrQ5E2pGrlpA
Levanta-te e anda
ProfJam e #FFFFFF em grande entrevista para o ípsilon.
"P: Esse verso ["A longa noite escura é gémea da manhã”] já constava da faixa “HydroGénio” ["The Big Banger Theory", 2014].
R: Exactamente. Eu gostava disso, o Yin-yang, o escuro e a luz, a tempestade e a bonança… Tudo isto é uma tentativa de ajudar as pessoas a navegar pela vida. Sempre tive uma abordagem muito positiva da religião, de querer ver o melhor dos seus ensinamentos. Hoje em dia, há certas coisas que pratico e outras que não considero importantes. E, aí, estou por minha conta e risco, sigo a minha visão das coisas. O milagre da multiplicação dos peixes, por exemplo... Em vez de se perguntar “Ah, como é que ele multiplicou os peixes?”, se calhar, podemos pensar que havia 10 peixes e 20 pessoas e não havia peixes para todos, e que a ideia é a de que cada um come meio peixe. A multiplicação serve como divisão, sendo o seu inverso… O milagre da divisão dos peixes! Sem retirar a hipótese mesmo da transformação, do milagre físico, o certo é que, mesmo que ele não tenha existido, não deixam de estar lá ensinamentos importantes para a vida".
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