Italy's new parliament met for the first time yesterday with applause for Rome's mayor-elect, Gianni Alemanno, a day after followers celebrated his triumph with straight-arm salutes and fascist-era chants.
Silvio Berlusconi, who won a general election earlier this month, welcomed the latest evidence of Italy's leap to the right by declaring: "We are the new Falange." Although he took care to wrap his remark in a classical context, his choice of words appeared to be a nod and a wink to his most extreme supporters.
The original Falange - the word means "phalanx" - was the Spanish fascist party, founded in the 1930s, which supplied Francisco Franco's dictatorship with its ideological underpinning.
On Monday night, the area around Rome's city hall rang to chants of "Duce! Duce!", the term adopted by Italy's dictator, Benito Mussolini, equivalent to the German "Führer". Supporters of the new mayor gave the fascist Roman straight-arm salutes.
É por estas e por outras que ter na Constituição um artigo como o 46º/4 dá outra segurança e certeza a um Estado de Direito Democrático. Evita e é mais eficaz em relação a camuflagens e disfarçes.
Da minha janela vejo o Bósforo todos os dias: divisões e correntes, agitações e marés. Tal como no homem, tal como no mundo.
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quarta-feira, 30 de abril de 2008
domingo, 30 de março de 2008
mundos
O projecto do PS de fazer desaparecer o divórcio litigioso da lei portuguesa "é um grande erro que o país vai pagar caro no futuro", criticou o porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. Carlos Azevedo, para quem este projecto - que será debatido no plenário a 16 de Abril - é mais um sinal claro da postura de afrontamento que o actual Governo assumiu relativamente à Igreja Católica.
A tensão entre o Governo e a Igreja Católica agudizou-se em torno de questões como o aborto, os atrasos na regulamentação da Concordata e a intenção declarada de pôr fim à assistência espiritual e religiosa nos hospitais. "São actos avulsos e isolados que, somados, ferem e atingem quem quer servir a população", insiste, dizendo que "o Estado tem a obrigação de reconhecer o papel social da Igreja e de o promover do mesmo modo que promove o desporto, ao apoiar a construção de estádios".
Mas as críticas estendem-se também à ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues. "Andámos um ano a fazer interpelações sobre questões relacionadas com a presença da Igreja nas escolas e a ministra não nos responde".
"Os padres já passaram a pagar impostos, a Igreja, nas suas actividades económicas também deixou de ter isenção fiscal, tudo isso já mudou. A Igreja Católica não quer ser privilegiada, mas também não admite ser prejudicada".
Das duas uma: ou a ICAR tem uma deficiente compreensão de conceitos e sociedade, ou é simplesmente teimosa. Caso seja teimosa, está no seu direito. Convém-lhe no entanto recordar que não há muito por onde teimar porque a a CRP é muito clara nos artigos 41º e 74º. Daí que a meu ver teimosia e deficiente compreensão de conceitos acabem por estar voluntariamente e conscientemente associados.
A ICAR ainda não percebeu que para a CRP é uma religião como outra qualquer, não obstante os esforços sucessivos de governos em lhe conceder um carinho especial. E sendo uma religião constitucionalmente igual às outras, ou seja, totalmente afastada, na teoria, do aparelho de Estado, tem que obedecer ao mesmo regime a que obedecem outras confissões. Por isso quando o porta-voz da CEP afirma que a ICAR "não quer privilegiada, mas também não admite ser prejudicada" revela mais uma vez a difícil compreensão de conceitos. A dicotomia aqui não é entre privilegiar/prejudicar. E não é porque nem sequer deve haver qualquer dicotomia desse género. O Estado é laico, e como tal deve pura e simplesmente abster-se da esfera religiosa. Nem a regular, nem dela receber influências. Ou, a regular, regular sempre no sentido da laicização que se quer de um Estado de Direito Democrático.
Ora esta laicização é entendida pela ICAR como um "afrontamento". Pois é. Só assim poderia ser considerado quando depois o porta-voz nos diz que o "Estado tem a obrigação de reconhecer o papel social da Igreja e de o promover do mesmo modo que promove o desporto, ao apoiar a construção de estádios". O senhor Carlos Azevedo conseguiu com esta afirmação transportar-me para uns bons séculos atrás. Mas a paródia prossegue quando o mesmo senhor se refere ao suposto papel missionário da ICAR no ensino, nos hospitais e, genericamente, na sociedade (!!): "São actos avulsos e isolados que, somados, ferem e atingem quem quer servir a população". E para cúmulo dos cúmulos, a ICAR já não está dispensada de tributação.
Mas em que mundo vive este senhor?
Já agora, fica aqui outra pérola, a propósito da posição da supracitada ICAR quanto ao projecto de lei do Bloco para instituir o divórcio a pedido de um dos cônjuges, e a qual resumo neste brilhante raciocínio: o padre Duarte da Cunha deixou ainda ao Diário de Notícias uma pergunta: "Só se pensa na liberdade do que se quer divorciar. E onde está a liberdade do que não se quer divorciar?"
A mesma pergunta: em que mundo vive este senhor?
A tensão entre o Governo e a Igreja Católica agudizou-se em torno de questões como o aborto, os atrasos na regulamentação da Concordata e a intenção declarada de pôr fim à assistência espiritual e religiosa nos hospitais. "São actos avulsos e isolados que, somados, ferem e atingem quem quer servir a população", insiste, dizendo que "o Estado tem a obrigação de reconhecer o papel social da Igreja e de o promover do mesmo modo que promove o desporto, ao apoiar a construção de estádios".
Mas as críticas estendem-se também à ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues. "Andámos um ano a fazer interpelações sobre questões relacionadas com a presença da Igreja nas escolas e a ministra não nos responde".
"Os padres já passaram a pagar impostos, a Igreja, nas suas actividades económicas também deixou de ter isenção fiscal, tudo isso já mudou. A Igreja Católica não quer ser privilegiada, mas também não admite ser prejudicada".
Das duas uma: ou a ICAR tem uma deficiente compreensão de conceitos e sociedade, ou é simplesmente teimosa. Caso seja teimosa, está no seu direito. Convém-lhe no entanto recordar que não há muito por onde teimar porque a a CRP é muito clara nos artigos 41º e 74º. Daí que a meu ver teimosia e deficiente compreensão de conceitos acabem por estar voluntariamente e conscientemente associados.
A ICAR ainda não percebeu que para a CRP é uma religião como outra qualquer, não obstante os esforços sucessivos de governos em lhe conceder um carinho especial. E sendo uma religião constitucionalmente igual às outras, ou seja, totalmente afastada, na teoria, do aparelho de Estado, tem que obedecer ao mesmo regime a que obedecem outras confissões. Por isso quando o porta-voz da CEP afirma que a ICAR "não quer privilegiada, mas também não admite ser prejudicada" revela mais uma vez a difícil compreensão de conceitos. A dicotomia aqui não é entre privilegiar/prejudicar. E não é porque nem sequer deve haver qualquer dicotomia desse género. O Estado é laico, e como tal deve pura e simplesmente abster-se da esfera religiosa. Nem a regular, nem dela receber influências. Ou, a regular, regular sempre no sentido da laicização que se quer de um Estado de Direito Democrático.
Ora esta laicização é entendida pela ICAR como um "afrontamento". Pois é. Só assim poderia ser considerado quando depois o porta-voz nos diz que o "Estado tem a obrigação de reconhecer o papel social da Igreja e de o promover do mesmo modo que promove o desporto, ao apoiar a construção de estádios". O senhor Carlos Azevedo conseguiu com esta afirmação transportar-me para uns bons séculos atrás. Mas a paródia prossegue quando o mesmo senhor se refere ao suposto papel missionário da ICAR no ensino, nos hospitais e, genericamente, na sociedade (!!): "São actos avulsos e isolados que, somados, ferem e atingem quem quer servir a população". E para cúmulo dos cúmulos, a ICAR já não está dispensada de tributação.
Mas em que mundo vive este senhor?
Já agora, fica aqui outra pérola, a propósito da posição da supracitada ICAR quanto ao projecto de lei do Bloco para instituir o divórcio a pedido de um dos cônjuges, e a qual resumo neste brilhante raciocínio: o padre Duarte da Cunha deixou ainda ao Diário de Notícias uma pergunta: "Só se pensa na liberdade do que se quer divorciar. E onde está a liberdade do que não se quer divorciar?"
A mesma pergunta: em que mundo vive este senhor?
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