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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Timeless

Era capaz de ouvir este beat e este piano um dia inteiro. Um dia, dois dias, três, o que fosse... timeless.

Illa J - Timeless


"I spend so much time, just livin in a bubble
I just wanna lay back and stay out of trouble
I think it's time for me to break out the shell
And I can't be afraid to fail
I spend so much time outside my mind
That I can't tell if I'm in or outside my mind"

A propósito: o disco é o Yancey Boys (deste ano ainda), do Illa J, irmão do falecido J Dilla. Está no sangue...


Adenda: Correcção: o álbum Yancey Boys é de 2008 (e não de 2009).

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

isto é muito bonito...



Uma das mais belas odes ao Hip-Hop (musical e filmicamente). Doce, doce, doce...

[Norah Jones:]
Life's filled with graaaay...
But now, it comes clean...
Leaves fall, awaaaaaay...
Hip-hop is playing again
And it's bangin, toooo...
Know it's bangin, for you...
Don't stop this feeling I feel...
I just wanna lay around all day
And feel the breeze upon my knees
I'm so INTO your rich history...
Tell me a story to taaaake me away...
Come and take meeeeee, ooooooh...
Come and take meeeeee with yooooou...

[Chorus x4: Norah Jones]
Life is, better
Now that, now that I found you
Life is, better
Now that, now that I found you

domingo, 5 de julho de 2009

Eu Não das Palavras Troco A Ordem



Já não comprava um disco de hip-hop português que me desse tanto prazer de escutar como este. Aliás, já não comprava um disco de hip-hop português há bastante tempo.
Nerve é um caso sério. Nos poesia, na métrica cantada da mesma, nos beats, na interpretação pessoalíssima com que modela as palavras e as respirações (quase que o vemos a gesticular mesmo à nossa frente), no negrume cínico e imprevisível (e depressivo, claro) que é transversal a todas as faixas do disco.
Uma vez que antes de ir comprar o disco, já tinha ouvido umas coisas na net, fiquei excitadíssimo quando vi na capa "INCLUI LETRAS DAS MÚSICAS". Excitadíssimo e, ao mesmo tempo, surpreso, pela transparência de alguém que põe na sua música palavras tão cruas.
A surpresa desfez-se. As letras vêm redigidas num complexo sistema de inversão que as tornam ilegíveis. Mesmo agora que já descobri o caminho lógico para as decifrar, acabei por me decidir a não fazê-lo, quase num respeito íntimo para com o autor.
Para mais, esteticamente falando, Nerve salta anarquicamente o campo do hip-hop com uma produção não raras vezes puramente experimental, louca, desconcertante. Para trás e para a frente, dá voltas e voltas numa sonoridade eclética e estranha q.b., sem nunca cair, todavia, nos minimalismos chatos ou monótonos da música experimental mais frequente nos dias de hoje. É rap, é indie, é spoken word, é electrónica, é tudo isto mais os rasgos excêntricos de um jovem da minha idade (creio) com uma caneta endiabrada...
Este é um grande, grande disco e de impacto ainda desconhecido para a música portuguesa, arrisco eu.

"Nunca fales com estranhos!"
Não falo, está prometido!
(...)
Ei, eu sou estranho e ninguém quer falar comigo...






segunda-feira, 20 de abril de 2009

smooth

Descobri os The Streets há uns dias. E têm coisas fantásticas como esta:

Has it come to this? (do album Original Pirate Material, 2002)

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

VAMOS FALAR SÉRIO...

Estava eu já na cama descansadinho e de banho tomado com o ipsilon à frente quando, incauto, abro a primeira página e vejo que...
DJ PREMIER (27 Outubro), GURU (3 Novembro), AFRIKA BAMBAATA (17 NOVEMBRO) e DE LA SOUL (1 DEZEMBRO) VÃO ACTUAR EM LISBOA!
DÁ PARA ACREDITAR?!

WOOORD UP!

domingo, 13 de julho de 2008

beautiful like love

DJ Tonk é um produtor e dj americano de S. Francisco de créditos firmados na cena hip hop underground. Tal como noutros artistas que aprecio, Tonk junta ao street
beat tons jazzy muito relaxados.
Beautiful (LOVE, 2004) é o clip que aqui deixo, no qual o mc de serviço é Rashaan Ahmad (que recentemente lançou The Push).

sábado, 12 de julho de 2008

underground


Depois de por aqui ter falado do Cool Jazz Fest 2008, falo agora do Anti Pop Music Festival 2008.
O Anti Pop é um festival de música electrónica que se iniciou em 2006 e que tem trazido a Viana do Castelo alguns dos melhores homens nos pratos no que toca a electro, minimal, techno, progressive ou dub.
Em 2006 tive o privilégio de ouvir suprasumos como Vitalic, Michael Mayer, Trentemoller, Tigerskin ou Alexander Kowalski.
O ano passado estava a percorrer a Europa pelo que não pude ir. De qualquer forma, o cartaz foi tão bom ou melhor do que o de 2006.
Este ano não foge à regra. Dias 31 Julho, 1 e 2 Agosto.
Preferidos: Gabriel Ananda, Josh Wink, Marco Carola, Modeselektor, Marc Houle, Mathew Johnson, Freshkitos (portugueses e portuenses).

quinta-feira, 10 de julho de 2008

correndo o risco de ser um post igual a tantos outros blogs no dia de hoje


Depois de consumidas tantas músicas, vistos tantos concertos (em video, claro), absorvido tantas letras, conhecidas tantas estórias das revoluções de Zack de la Rocha (alguém em quem a Teoria da Revolução Permanente trotskysta assenta que nem uma luva) e feitas tantas moshs ao som de Rage Against The Machine... eles vão mesmo tocar entre nós!
Hoje é o dia R: de Rage, de Raiva.
A caminho de Oeiras eu vou. Até breve!

terça-feira, 8 de julho de 2008

new something

Os SubVerso são a dupla formada por Maze (vocal) e Soma (produtor). Para os menos conhecedores do panorama do (bom) hip hop que por cá se faz, sinto-me na obrigação de prestar homenagem a um dos mais brilhantes mc's portugueses. Pensar num Master of Cerimony (no verdadeiro sentido do termo) é pensar em alguém como Maze. Mergulha na felicidade (Dealema, 2003) é para mim um tratado de auto-determinação, auto-estima, sobrevivência psíquica. O hiper-realismo de que alguns acusam o hip hop, nomeadamente o meu querido pai, é talvez assertivo. O que não lhe retira valor, a meu vêr. De qualquer forma, se Maze recolhe alguns louros, é precisamente por saltar essa cerca hiper-realista e transportar-nos para outros recantos. O mesmo fazem grandes nomes como Common, A Tribe Called Quest, Blackalicious, Digable Planets, Kero One, Pete Philly and Perquisite, The Roots, entre outros. Gostaria de dissertar um pouco mais acerca da dialéctica realismo/poesia. Mas fica para uma próxima.
A Maze junta-se Soma, que aos beats boom-bap (lembrando KRS-One) empresta o jazz-flow aqui e ali preenchido com uns baixos muito soul. Assim é o resultado do primeiro single: Dá-me 1 sinal.
Fica aqui o link do myspace dos SubVerso para uma olhadela curiosa.

o meu festival de verão


Depois de Vilar de Mouros, Sudoeste, Superbock e tantos outros, este é o festival onde este ano eu não queria perder um concerto!
Preferidos: Herbie Hancock (!), Caetano Veloso, Mayra Andrade.
Curioso por (vêr e) ouvir: Ana Moura, Lizz Wright, Diana Krall.
Ainda por cima em terrinhas sulistas por mim desconhecidas. Só faltava mesmo um dia de concertos em Sintra!

sábado, 5 de julho de 2008

segunda-feira, 30 de junho de 2008

A América onde eu gostava de ir (e a americana que eu gostava de conhecer)

Senhores e Senhoras, o primeiro concerto subaquático de Erykah Badu nas águas do Bósforo:

On & On (do album Baduizm, 1997)

sábado, 28 de junho de 2008

quando o calor aperta...

D'Angelo entra em cena:

Me and those dreamin' eyes of mine (do album Brown Sugar, 1995)

terça-feira, 24 de junho de 2008

Stop the Violence

Quando em 1988 um jovem foi assassinado num concerto que juntou a Boogie Down Productions (do então jovem KRS-One, hoje uma lenda viva do Hip Hop) e os Public Enemy (outro lenda), KRS-One criou o Stop the Violence Movement, movimento que teve como propósito incentivar o regresso do rap às suas raízes. E que raízes são essas? Aquelas que um dia foram enunciadas por um dos seus fundadores, Afrika Bambaata: Peace, Love and Safely having fun. Esta trilogia sintetiza de facto o que sinto quando oiço um bom beat ou uma beef animada no mic.
Passados 20 anos, KRS-One faz uma retrospectiva e um balanço do movimento. Quando ouvimos este testemunho percebemos o porquê de KRS-one ser apelidado entre a comunidade hip hop americana como "The Theacher".
Quando hoje o Hip Hop MTViano (e os indivíduos que para ele contribuem) difunde erradamente uma imagem excessivamente materialista (porque materialista somos todos, mais ou menos) e violenta de uma arte musical que revolucionou a América nos anos 60, as palavras de KRS-one fazem mais sentido do que nunca.

"More than an artist, more than your lyrics, you're a man or a women".

sábado, 21 de junho de 2008

a velha raposa


Depois de tantos sucessos e estórias, Al Green voltou. E cheio de pinta. Lay it down (2008, acabadinho de sair) é um album muito aprazível. Muito soul ensolarado por traços de gospel. E, claro, muito, muito love no ar. Destaco as faixas You've got the love I need, Take your time (com a menina bonita Corinne Bailey Rae), Too Much, Lay it down (com o jovem prodígio do neosoul, Anthony Hamilton), Just for me ou I'm wild about you. Esta última, especialmente, transborda de sensualidade e calor.
Sobre os citados Anthony Hamilton e Corinne Bailey Rae, é interessante vêr como Al Green soube voltar juntando a aura própria de quem já muito deu à música com a jovialidade de outros artistas de classe que entretanto vão surgindo. Os bons músicos também se vêm nestas coisas!
Lay it down my people!

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Hip Hop Pessoa


Aniversário de Fernando Pessoa festejado com poemas e hip-hop nacional. Editora Loop pretende cruzar a poesia de Pessoa com a música.
No dia em que se assinalam os 120 anos sobre o nascimento de Fernando Pessoa, a Casa Fernando Pessoa, a Câmara de Lisboa e a editora discográfica Loop organizam um espectáculo de hip-hop no Terreiro do Paço, na capital.
Intitulado "Hip Hop Pessoa", o espectáculo conta com 14 músicos de hip-hop, que aceitaram o desafio de recriar a poesia de Pessoa e de a transformar para o concerto (em Setembro nascerá um disco com o mesmo conceito com estes e outros artistas). Os escritos do poeta serão evocados por alguns dos mais conhecidos nomes do movimento como Melo D, Maze e Fuse, Rocky Marsiano, Sagas, DJ Ride e Sam the Kid.
A base são os poemas de Fernando Pessoa, a voz, a abordagem e o ritmo são dos rappers. Cada um pegou nos poemas de maneira diferente tornando-os um pouco seus. "Há quem tenha pegado em excertos de poemas, como, por exemplo, o pai de Sam the Kid", explica Rui Miguel Abreu. Já Fuse, dos Dealema, "reinterpretou parte da 'Mensagem' e usou o poema quase como um estímulo para a sua própria imaginação".
Sam the Kid, nome artístico de Samuel Mira, um dos responsáveis pelo crescimento do hip-hop nacional, recorda ao JPN como conheceu o poeta. "Há dois anos tinham-me oferecido um livro dele, fiquei a conhecer minimamente", afirma.
O poema escolhido pelo rapper e pelo pai foi "Tabacaria", do heterónimo Álvaro de Campos. "Identifiquei-me bastante com o poema e tem lá um verso que me fez ver que tinha de ser aquele 'Sonhar mais que Napoleão' porque o meu pai chama-se Napoleão", conta.
"Pontos de contacto naturais"
Para Sam the Kid existe uma relação entre Fernando Pessoa e hip-hop: a poesia. "Os dois são poesia e estão relacionados, apesar da métrica e da linguagem serem diferentes", defende.
Para Rui Miguel Abreu, editor e programador do evento, a realização do concerto e o futuro lançamento do CD têm vários significados, mas "o mais importante é que se começa a perceber que a cultura não é assim uma coisa tão séria que não admita este tipo de encontros".
"Para nós significa a possibilidade de cruzar a poesia de um enorme poeta moderno português com a música de uma série de pessoas que estão eles próprios, à sua maneira, a revolucionar a música", acrescenta. "Pessoa foi um poeta profundamente moderno, não apenas na maneira como encarou a língua, mas como pensou todas as questões de ser português, de estar no mundo estando em Portugal. O hip-hop faz a mesma coisa, é outra maneira de olhar para a realidade. São pontos de contacto naturais".
Estimular o interesse dos mais jovens pela obra de Pessoa é uma das ideias deste projecto. "Se dois miúdos lerem Fernando Pessoa por causa do disco já me sinto feliz", diz o dono da Loop. "Esperamos que sirva como estímulo, para despertar, quanto mais não seja, a curiosidade de quem é a pessoa que estes MC [rappers] estão a cantar. Um dos pontos que mais nos honraria era que isso acontecesse".

Fernando Pessoa, Hip Hop, Música, Hip Hop... a Palavra!


vejam também a reportagem de hoje no suplemento ípsilon do Público, pág.16/17.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

90's


The nineties sessions - Rare demos & Tracks (2007) está provavelmente no meu top10 de albums de Hip Hop da cena underground americana nos últimos dois anos. E, neste ano, se não for o melhor, anda lá perto.
O album é da autoria de Grandfather Don, produtor e rapper de Brooklyn, New York. The nineties sessions é um hino ao jazz rap, num estilo e sonoridade que nos fazem lembrar a já mítica colectânea JazzMatazz de Guru (Gangstarr). Muitos baixos, muitos pianos, muitas pandeiretas, sopros, scratch, melodia... delicioso. O rap de Grandfather Don (que não conhecia) é daquele que não engana: ágil, claro, versátil e muito, muito thug. Numa palavra: oldschool!
A par do recente Then what happened? de J-Live, é o tipo de album que justifica horas perdidas de pesquisa em blogs e sites. Imprescindível.

sábado, 31 de maio de 2008

na música como na vida...

Frank T - Optimista y Soñador



Y SI CERRARA LOS OJOS E IMAGINARA ALGO MEJOR,
TAL VEZ LLORASE AL ABRIRLOS, PORQUE ¡HAY QUE VER! ¡CUANTO DOLOR!
TAN SOLO UNA CANCIÓN, UN PENSAMIENTO, UNA ORACIÓN
DE UN RIMADOR MAS OPTIMISTA Y SOÑADOR.

Nada mejor que todo hubiese ido bonito desde el principio de los escritos, hasta el final del infinito.
Nada mejor que las sonrisas de los necios, ante las burlas de los sabios que a veces miran con desprecio.
Nada mejor que el mundo hubiese sido plano y con ello haber conseguido que el hombre fuera algo mas humano,
con palabras de poetas y esculturas de artesanos, no palabras de mentira de un presidente republicano.
Nada mejor que tu seas grande y yo pequeño y luego estemos jugando a lo mismo, y en verdad no solo en sueños.
Y nada mas y nada mejor que preguntarle al señor odio si en el fondo de su ser reside el amor.
Nada mejor que tener a alguien a quien llamar, para charlar, para reír, para abrazar, para llorar.
Nada mejor que tener a alguien de quien uno pueda fiarse y hasta en eso y muy de cerca hay que fijarse.
Nada mejor que disculparse del error que has cometido si además el que ha sufrido es ser querido.
Y nada más y nada mejor que a veces ser más optimista aunque parezca ser ingenuo y soñador.

Y SI CERRARA LOS OJOS E IMAGINARA ALGO MEJOR,
TAL VEZ LLORASE AL ABRIRLOS, PORQUE ¡HAY QUE VER! ¡CUANTO DOLOR!
TAN SOLO UNA CANCIÓN, UN PENSAMIENTO, UNA ORACIÓN
DE UN RIMADOR MAS OPTIMISTA Y SOÑADOR.

Nada mejor que el escuchar aquellas viejas canciones con sus refranes y lecciones, reencontrarse con estas,
el escuchar como tacaban y aplaudir a un mas sabiendo que ese estilo ellos creaban.
Nada mejor que dibujar toda la música de hoy día con los muestreos de aquellas viejas melodías,
no quiero ser ni parecer un amargado nostálgico, es mi homenaje a aquel sonido tan mágico.
Nada mejor que usar el beat para sentir, usar el rap para decir y bien decir si hay que decir,
se que hay veces que es mejor tener el pico cerrado, pero con tanta tiranía no puedo quedarme callado.
Nada mejor que esos momentos de esperanza, cuando resulta derrocado algún tirano dictador,
lástima que el que entra acabe siendo corrompido y el futuro del pueblo siga tan poco alentador.
Nada mejor que imaginarse a un presidente que sea justo, que sea digno y que mire bien por el trabajador.
Y nada más y nada mejor que a veces ser más optimista aunque parezca ser ingenuo y soñador.

Y SI CERRARA LOS OJOS E IMAGINARA ALGO MEJOR,
TAL VEZ LLORASE AL ABRIRLOS, PORQUE ¡HAY QUE VER! ¡CUANTO DOLOR!
TAN SOLO UNA CANCIÓN, UN PENSAMIENTO, UNA ORACIÓN
DE UN RIMADOR MAS OPTIMISTA Y SOÑADOR.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

nuestros hermanos

Curta mas muito boa esta reportagem sobre o Hip Hop espanhol:

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Maio 68

Regarde-nous Mégalopolis
Nous sommes tes enfants,
nous sommes une armée
Armée jusques aux dents
d'amour et de tendresse
de rage et de sagesse,
de force et de beauté
Vous avez beau tenir en main
nos forteresses
Ce sont des poudrières
NOS UNIVERSITÉS!
(...)
Notre terre est pourrie,
car il pleut du pétrole
Même l'air qu'on respire
nous est taxé
Présidents planétaires,
ces petites bricoles
Je vous donne ma parole,
vous allez les payer!
(...)
Le combat, le combat, Mégalopolis
Est la seule solution quis nous est donnée
Nous serons des milliers contre la Police
Nous serons mdes millions contre les armées!
Le Bonheur c'est un droit, pas une utopie
Et l'Amour, notre loi, notre seule patrie
C'est au nom de la joie que l'on marche et crie

Qu'on n'a
Pas besoin de Marx ou de Jésus
Pour changer le ciel de notre Histoire
Contre la violence du pouvoir
Nous avons les forces de la rue!

Ni Marx, Ni Jésus

Herbert Pagani