terça-feira, 25 de novembro de 2025

notes to self

O Agente Secreto ***
Depois da Caçada ****
Foi Só Um Acidente ***
Sorry, Baby **
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Sofia ou A Educação Sexual ***
American Psycho ***
Solo Sunny ***
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[séries]
Narcos (1.ª e 2.ª Temporadas) ***
Band of Brothers ***

Day In The Sun (Gettin' Wit U)


(LP Cabin In The Sky, De La Soul, 2025)

Kiyomizu-Dera



(LP When The World Was One, Matthew Halsall & The Gondwana Orchestra, 2014)

quinta-feira, 20 de novembro de 2025

Earth


(LP The Elements, Joe Anderson e Alice Coltrane, 1974)

terça-feira, 18 de novembro de 2025

artigo no Y



ERA UMA VEZ UMA FAMÍLIA NO CHILE - texto e entrevista no último Ípsilon (versão + curta no papel; versão completa on-line)

Retrospectiva Dominga Sotomayor, 16 Nov-19 Dez, Batalha Centro de Cinema
"A família é o habitat natural dos filmes da chilena, dona de um olhar delicado, contemplativo, sobre os silêncios e os não-ditos entre aqueles que partilham quatro paredes – ou quatro portas, não passassem as personagens, casais (juntos, separados, viúvos) e filhos que partem sempre de uma posição de perda (ou na iminência disso), largos períodos dentro do carro. A um ponto tal que só no cinema iraniano nos lembramos de igual protagonismo. Não é por acaso: Abbas Kiarostami é um dos cineastas de eleição de Dominga, O Sabor da Cereja, no qual germinou a sua curiosidade em fazer cinema, um dos seus amuletos. Mas onde no cinema de Abbas e compatriotas o carro desempenha um lugar de protecção, um refúgio onde é possível pensar e sonhar resguardado da opressão dos ayatollahs, no caso da chilena, a viagem é outra. 'A minha primeira memória de infância é das muitas horas no banco de trás do carro' [...]".


quinta-feira, 13 de novembro de 2025


(Porto, 11-11-2025)

terça-feira, 11 de novembro de 2025


(O Agente Secreto, K.M.F, 2025)

Talvez o mais americano dos cineastas vivos (com absoluta certeza o mais americano dos cineastas não-americanos), KMF é, por estes dias, dos poucos com um sentido tão engenhoso e, mesmo, espectacular de mise-en-scène. O Agente Secreto, pese embora as fragilidades do argumento, é um prazer imenso de se ver. Passei praticamente o filme inteiro a imaginar como seria o corte seguinte ou como se filmaria a entrada de um carro no plano (e que bem que se filmam carros aqui, haja alguém).

(The Apprentice, A. Abbasi, 2024)


"Filme de acção" psicológico, mental mesmo, imparável, sempre com uma toada semi-gótica, decadentista, de fundo. Lúgubre é o ambiente do princípio ao fim: ou seja, ao mesmo tempo que "A Star is Born", a sensação, na verdade, está muito mais perto de um amortalhar, de um funeral. E com um travo ligeiramente independente ou experimental (na câmara, na cor, ritmo, no acting) que não sentia no cinema americano há algum tempo. Talvez a última vez tenha sido no The Girlfriend Experience do Soderbergh. Ao mesmo tempo, estranhamente ou não, pensei no Welles (não fosse ele um dos maiores experimentalistas). Filmaço.


(Suspense, L. Weber e P. Smalley, 1913 / The Shining, S. Kubrick, 1980)

Curioso como, em Suspense, o assassino, apesar de empunhar uma faca numa das mãos, estronca a porta com a mão livre. No filme de Kubrick, tudo se torna mais gritante (e não por ser um filme sonoro): em vez da mão, o machado; em vez de a protagonista ser a pura ideia de Intrusão (como em Suspense, onde a esposa está aos pés da cama, logo, fora de campo), aqui, prevalece a vítima que, de olhos arregalados, é colocada na profundidade. Enfim, também no terror - i.e., no Medo - fomos, insaciáveis, precisando sempre de mais e mais.

Stick Man


(LP The Hermit, Jordan Patterson, 2025)

segunda-feira, 10 de novembro de 2025

Rainy Sunday Afternoon


(LP Rainy Sunday Afternoon, The Divine Comedy, 2025)

segunda-feira, 3 de novembro de 2025

Survivors Remorse


(LP The Reinvention, DJ Premier & Ransom, 2025)

quarta-feira, 29 de outubro de 2025

Divine


(LP Love Notes, Monie Love, 2025)

segunda-feira, 27 de outubro de 2025

notes to self

The Smashing Machine ***
Batalha Atrás de Batalha **
Lavagante **
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Antes da Revolução (Bertolucci) **
O Profeta (Risi) ***
Terra Treme ***
O Incompreendido (Comencini) ***
O Leito Conjugal (Ferreri) ****
Alpes (Lanthimos) ***
The Apprentice (A. Abbasi) ****
The Social Network (Fincher) ***
Scream (W. Craven) **
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[séries]
***** The Wire *****

terça-feira, 21 de outubro de 2025

Eternal Flame


(LP Everything, The Bangles, 1988)

sexta-feira, 17 de outubro de 2025

Lonely At The Top


(LP Lonely At The Top, Joey Badass, 2025)

quarta-feira, 15 de outubro de 2025

It Never Rains in Southern California


(LP It Never Rains in Southern California, Albert Hammond, 1972)

terça-feira, 14 de outubro de 2025



Como falar na “andersonização” de alguém que, depois de “Paul” e “Thomas”, já tem “Anderson” no nome? Explicitando, então: eis a wes-andersonização de Paul Thomas Anderson.

Como nos produtos em série de Wes, One Battle After Battle perfila-se como um objecto sem alma, algo particularmente inusitado depois desse portento lírico e juvenil que tinha sido Licorice Pizza. Personagens não existem; antes actores conhecidos a fazerem de actores conhecidos a fazerem algo engraçado numa colecção de cenas-vinhetas conclusivamente sinalizadas com a punchline da praxe. Colecção ou caderneta em que o cromo Di Caprio faz do actor conhecido Di Caprio a fazer de um stoner desengonçado e ex-resistente vagamente “anti-fascista”; Del Toro a fazer do actor conhecido Del Toro a fazer de um excêntrico sensei protector de imigrantes e desafortunados: Sean Penn a fazer do actor conhecido Sean Penn a fazer de um militar facho, homoerótico, obcecado por mulheres negras.
É uma figuração (literalmente, atenta a carência de dimensionalidade) que obedece a um protocolo de familiaridade com o espectador, um piscar-de-olho a solicitar que este reconheça e se reconheça: “Olha o Di Caprio! Olha o Del Toro! Olha o Sean Penn!”. Bonecos desenhados por quem sabe de antemão que o espectador vai clicar com eles, assim se "ganhando" a cena logo à partida.
Colateralmente, inusitada também a forma como se desperdiçam actores: Wood Harris, sim (o grande Avon Barksdale de The Wire), mas, sobretudo, Alana Haim (essa mesma, a de Licorice, e espectadores haverá que só agora tomem conhecimento da sua presença), que terá um ou dois escandalosos minutos de filme (se tanto). Para quê?

Cenas supérfluas, perfeitamente destacáveis umas das outras, que não estão a fazer nada senão servir o propósito do gag ou de número de stand-up: para que servem exactamente as cenas da ressurreição de Sean Penn, do seu gaseamento ou aqueloutra em que o hitman latino-americano tem um súbito remoque de consciência e se decide a matar os hitmans brancos e salvar a miúda? Isto para nos pouparmos à cena final da carta...