sábado, 30 de abril de 2016

IndieLisboa #4: Flutuando



O meu último texto sobre dois dos filmes em Competição Internacional para ler ali ao lado (clicar).

sexta-feira, 29 de abril de 2016

IndieLisboa #3: Cinema, em ti cremos



Muita fé no cinema e, claro, na luz de Lisboa. Para ler aqui (clicar).

IndieLisboa #2: We Live by Night



A minha cobertura ao IndieLisboa continua. Para ler no À pala de Walsh (clicar).

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Artes Entre As Letras #10 - Crítica de cinema


Este mês, escrevo crítica para o Artes Entre As Letras sobre A Sombra das Mulheres, Posto-Avançado do Progresso e 10 Cloverfield Lane (que muito me surpreendeu pela positiva). Boas leituras.

***

À Sombra das Mulheres (2015), Philippe Garrel ★★★
“A sombra das mulheres” ou “À sombra das mulheres”? O acento grave tem essa particularidade de veicular um segundo sentido ao filme de um dos grandes nomes do cinema e da cinefilia mundial, autêntico “resistente” que continua a fazer os filmes em que acredita (tal como a personagem de Pierre no filme), por mais anacrónicos que pareçam (mas esse é precisamente um dos maiores prazeres que o espectador encontra nos seus filmes). Pierre é esse homem à/na sombra das mulheres, não no tradicional sentido que a expressão comporta (alguém que se apequena perante a presença maior de outrem), mas no da (falta de) luz que perpassa a sua personagem: triste, apagada, sorumbática. Pierre é, justamente, uma “sombra”. Em Garrel, a velha ideia de que os filmes de um realizador são sempre variações de um único é algo que, ao contrário do que acontece com muito boa gente, não causa fastio ou irritação, de tal modo é honesto e delicado o tratamento que dá ao tema-maior de sempre do seu cinema, o amor e as suas vicissitudes. Neste como nos seus filmes mais recentes, a monotonia (tão condizente, plasticamente, com o preto e branco trabalhado pelo francês) e o ciúme são os grandes alvos da atenção de Garrel, ao mesmo tempo que, sem pretensões políticas ou “sociológicas” declaradas, vai também comentando a realidade dos nossos dias (o trabalho precário, os salários exíguos, as condições débeis para a investigação científica, enfim, as dificuldades de viver condignamente). Talvez a revelação final (acerca do ex-militar que Pierre filma para o seu documentário), no que de desilusão e frustração carrega, condiga bem com o próprio final do filme, um “happy end” desesperado entre dois seres cada um numa frágil jangada quase a naufragar. Ou será que o amor é também – é ainda – isso, uma radical, derradeira forma de salvação?

Posto-Avançado do Progresso (2016), Hugo Vieira da Silva ★★
Quando se lê as entrevistas a Hugo Vieira da Silva, fica-se com a mesma impressão com que se sai da sala: as premissas eram boas, excelentes, a conclusão, o resultado final, é que não. O que é pena, desde logo por continuarem a escassear no nosso país, com raras excepções, abordagens cinematográficas meritórias ao nosso passado colonial. O realizador nunca parece ter unhas para adaptar a obra de Joseph Conrad (An Outpost of Progress, de 1897) ao contexto colonial português do século XIX, quer no tratamento do argumento, já de si um pouco canhestro (quão confusa e mal contada uma simples história de venda de marfim…), quer no próprio aproveitamento do material visual e fílmico à sua disposição – para filmar a selva assim, com muitos planos americanos e planos médios (e poucos planos gerais e de conjunto) e sem nunca tirar partido do capital natural (e cinematográfico, et pour cause), para quê ir para tão longe, para Angola? É essa sensação – de desperdício – com que se fica, não obstante sobressair, pela positiva, o desempenho dos actores (sobretudo de Ivo Alexandre) ou a atmosfera claustrofóbica e de progressiva e surrealista auto-degradação em que as duas personagens principais se vão afundando. O travelling para trás inicial (a câmara a afastar-se das personagens junto ao rio, abandonando-os ao “Deus dará” no meio da selva), um dos melhores momentos do filme, não tem, pois, correspectivo na sequência final, a pior do filme, onde Vieira da Silva, já depois de ter piscado o olho a várias estéticas cinematográficas historicamente distintas, ensaia uma confrangedora aproximação ao filme mudo (e a “O Bucha e Estica”) que preferíamos não ter visto.

10 Cloverfield Lane (2016), Dan Trachtenberg ★★★
A primeira longa-metragem do americano é prova de que a indústria de Hollywood ainda vai conseguindo lançar, milagrosamente, alguns “produtos” (usamos o jargão adoptado pelos próprios) nos quais entretenimento não rima necessariamente com patetice e vazio de ideias e em que a realização, sendo eficiente, não é meramente tarefeira e mantém mesmo uma certa personalidade. Trachtenberg constrói um filme de câmara inteligente, muito seguro, o qual, mantendo o espectador permanentemente agarrado à cadeira (como mandam as melhores regras do thriller), projecta, paralelamente, todo um plano teórico, filosófico mesmo, relativo à dupla ameaça, “terrestre” (personificada por Howard, interpretado pelo excelente John Goodman) e extraterrestre, enfrentada por Michelle (Mary Elizabeth Winstead, actriz que não conhecíamos e a quem auguramos bons voos). Ela é a mulher que, após um acidente de carro (na sequência da fuga de casa e de uma relação sobre a qual nada sabemos, a lembrar, desde logo pelos grandes planos sobre o seu rosto, a fuga de Janet Leigh em Psycho), é fechada numa cave por um estranho que se diz seu salvador pelo facto de a manter protegida de um ataque (químico? extraterrestre?) que entretanto assolou o planeta, no que o filme ecoa o pavor generalizado contemporâneo relacionado com as sucessivas notícias verídicas de pessoas aprisionadas em casas durante anos (aliás, o recém-estreado Quarto é expressão disso mesmo). O “dilema do prisioneiro” é aqui, então, o de fugir ou não da cave (do escuro) e saber se algo aconteceu realmente lá fora (à luz) ou se Howard lhe mentiu, percurso ascensional muito platónico, claro, como se de uma “alegoria da caverna” se tratasse (e a escadaria de casa que dá acesso ao mundo exterior não podia ser mais ilustrativa). O filme tem J. J. Abrams, o “afilhado” de Spielberg, como produtor, por sua vez a fazer aqui de “padrinho” de Trachtenberg, facto algo irónico quando ainda esperamos pelo regresso do próprio Abrams à sua melhor forma desde Super 8 (preferimos pura e simplesmente esquecer-nos do último produto da saga Star Wars).

quarta-feira, 27 de abril de 2016

IndieLisboa #1: ao ritmo da Liberdade



Foi ao ritmo da Liberdade que iniciei a minha cobertura do IndieLisboa para o À pala de Walsh. Neste primeiro avanço, escrevo sobre alguns filmes de Jean-Gabriel Périot e sobre o aguardado Cartas da Guerra, de Ivo M. Ferreira.

Para ler aqui (clicar).

domingo, 24 de abril de 2016

bring the noise



Matéria capaz de abalar o mundo com uma magnitude a que nem os Panama Papers aspiram.

sábado, 23 de abril de 2016

20°C



"Best Of My Love", álbum Rejoice (1977). The Emotions.

sexta-feira, 22 de abril de 2016

You don't have to be king to rule my world



"Do Me, Baby", álbum Controversy (1981), Prince.

Um dos maiores cantores, intérpretes, instrumentistas, showman, performer, vanguardistas da história da música. Um autêntico renascentista que, qual cometa, passou pelos séculos XX e XXI deste planeta. Um dos meus favoritos, alguém de quem conheço a discografia do primeiro ao último disco, homem, entre alguns (não muitos mais), que me guiou na descoberta da música negra, da pop, do funk (que, enquanto género, se insere na música negra, claro, mas o propósito aqui é o de enfatizar), até do hip-hop e da electrónica. Poucos no mundo da arte deixarão uma marca tão profunda e para-sempre-fulgurante como ele. Um príncipe que nunca se transformou em sapo - e que nunca engoliu sapos, naquela que foi, com o passar do tempo, uma crescente resistência ao vampirismo da indústria (a prova mais actual é a extrema dificuldade em encontrar música sua em plataformas como o YouTube).

Vai-se o homem e o mito, que já existia, perdurará. Fazendo um trocadilho com um êxito seu ("Kiss"), You don't have to be king to rule my world... Prince is enough.

quarta-feira, 20 de abril de 2016

calor (2)

Mas há algo de nostálgico no calor: o "reavivar" de que falei abaixo significa, por natureza, tornar vivo o que está "morto". Por isso é que o calor traz também consigo uma certa sensação de passado, de juventude, de tardes na praia e gelados à sombra, noites em que os nossos pais nos levam ferrados para a cama mal termina o jantar. Com o calor, o tempo, de facto, "volta para trás", como tanto pedia a canção. A nostalgia pode não ser feliz, mas também não tem de ser o oposto.

calor

Para cartesianos e cépticos aborrecidos como eu, que recusam explicações além da razão para compreender os fenómenos do mundo e da vida, não há maior bofetada que a chegada, mesmo que ténue, do calor: há sentidos e sentimentos que só o seu cheiro e as suas temperaturas despertam e reavivam em nós.

from russia without love

Depois de me dar o bilhete e o troco, o Senhor Paulo diz-me que vem para aí uma carrada de russos nos próximos tempos. E russas, Senhor Paulo, também?, isso é que era. Sim, sim, continua o Senhor Paulo, uma data de russos, já com o outro, o Tarkovsky, foi quase sempre casa cheia, então na primeira semana nem um lugar sobrava, agora vamos ver com estes. E russas, acha que também são capazes de aparecer? É que, explica ele, desta vez há muitos filmes, são quase dois meses só com os russos. Pois, digo eu, falta é saber das russas, porque... Mas olhe que, atalha o Senhor Paulo, aquilo vão ser grandes clássicos, até eu sou capaz de ir ver. Certo, Senhor Paulo, então até à próxima, um abraço. Adeus, adeus, bom filme.

segunda-feira, 18 de abril de 2016

we're alone now


(Tommy James and the Shondells, "I Think We're Alone Now", álbum homónimo, 1967)


"And so we're running just as fast as we can
Holding on to one another's hand
Trying to get away into the night
And then you put your arms around me 
As we tumble to the ground and then you say

I think we're alone now
There doesn't seem to be anyone around
I think we're alone now
The beating of our hearts is the only sound"

domingo, 17 de abril de 2016

há coincidências

As pessoas costumam dizer que "não há coincidências" para sublinhar o que de belo e insondável, quase mágico, está subjacente a alguns factos aleatórios das nossas vidas, mas sobretudo para, logo a seguir, como que por medo da dimensão misteriosa da vida, tentarem domesticar essa aleatoriedade. Então, dizem: não, esse conjunto de aparentes coincidências possui um "significado"; se os factos assim ocorreram, então é porque fazem "sentido" (têm que fazer sentido).

Isso impede-as de verem que a graça (num sentido quase teológico, "jansenista") está, precisamente, na afirmação oposta, de verem que o encanto que o inexplicável suscita em nós depende do reconhecimento do acaso como um elemento absoluto, indomesticável: na verdade, há coincidências, e ainda bem que assim é.

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Aht uh mi hed things are different



"Aht Uh Mi Hed", álbum Inspiration Information (1974), Shuggie Otis.

quinta-feira, 14 de abril de 2016

dois mil e dezasseis (2)


Olhar vital.
(está quase; já tem título em português, ora carreguem aqui)

quarta-feira, 13 de abril de 2016

a conta que Deus fez

Contou-me uma coisa extraordinária, que tentarei relatar o mais sucinta e fielmente do seguinte modo: está num bar, à noite, e, depois de há minutos ter conhecido uma rapariga e terem trocado os números, decide enviar-lhe uma mensagem perguntando-lhe onde é que está. O pormenor que suscita o interesse desta história está no facto de, no exacto momento em que trocam os números, ele apontar erradamente o dela, um três em vez de um cinco. Por esta razão, a mensagem é enviada para outro destinatário, o qual, e com isto se conclui este espantoso episódio, vem a descobrir ser uma outra rapariga, também presente no mesmo bar, no mesmo momento, com quem se encontrará uns instantes depois e ficará à conversa o resto da noite. Puro e duro acaso, matemática insondável que não se aprende na escola.

terça-feira, 12 de abril de 2016

You


("You", álbum Faces, 1980, Earth, Wind & Fire)


Pelo meio de muito mel, esses dois discretos versos maiores que a vida: When I am true with my dreams / Life is so sincere.

domingo, 10 de abril de 2016

I wish I had someone else's face #3: Eu tenho dois amores / Uma é loira, outra é morena


(Consta que, além de lindíssima, não tira selfies)

No terceiro número da minha crónica I Wish I Had Someone Else's Face, escrevo, basicamente, sobre o sentido universal das inultrapassáveis palavras do Marco Paulo e aproveito para me declarar novamente, desavergonhadamente, à Sylvia Sidney. Ah, também demonstro, mais do que nunca, como estou (voltei?) na idade dos porquês (e que tal inventarem uma idade dos "porque nãos?"? Resolvia-se uma data de problemas).

Para ler aqui.

"De um lado, a loiríssima, “devilíssima” Claire (Adrianne Allen), que há uns anos deixou Jerry na sarjeta; do outro, a morena, bondosa e dulcíssima Joan, interpretada por Sylvia Sidney, a mais adorável e a mais bonita das actrizes de Hollywood dessas décadas (Marion Cotillard é a sua herdeira directa, se virem bem) (...). Dela escreveu Bénard da Costa, com a propriedade de sempre, que “nunca foi uma mulher obscura, de sótãos ou alçapões. Nela, até os sítios escuros eram claros, cor-de-rosa, cor de bebé-nestlé” [1]. (...) Entre Joan e Claire, porquê a indecisão? Qual indecisão? (...) Sim, desculpem a insistência: porquê? É também essa a pergunta, tenho a certeza, que Jerry faz a si próprio antes de cada contristado brandy que leva à boca: porquê que amo tanto aquele diabo da Claire? Porquê que digo à Joan que ela é swell mas nunca, como tantas vezes disse à Claire, que a amo? Porquê que não consigo desejar a Joan com a mesma abnegação, com a mesma loucura, ela que tão boa é para mim? Ele não sabe a resposta. Nós também não sabemos: nem à pergunta dele, nem às nossas".
[Excerto]


sábado, 9 de abril de 2016

sexta-feira, 8 de abril de 2016

meninos estão à janela

Para aí cinco miúdos à janela do prédio, vêem-se mais cabelos do que rostos. Em uníssono, gritam ao mesmo tempo e sincronizadamente: Ó boooooa! Um segundo de silêncio e: És-toda-booooa! Depois, escondem-se, os caracóis de um deles ficam descobertos junto ao parapeito. Três, quatro segundos e reaparecem: Ó Joana! Catarina! Raquel! A rapariga não percebe ou faz que não percebe e segue o seu caminho. Passa por mim e deixa de estar no ângulo de visão deles. Olho para cima e vejo-os de novo a assomar à janela, pensativos no porquê de não terem recebido resposta alguma.

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Na verdade, nenhuma me soa bem, ó Espadinha.
Ó Espadinha, a coisa não será mais do tipo: "Viver (também) é recordar"? Ao contrário não me soa bem.

devagar se vai ao longe (2) (versão "dançar um slow")




(Gambozinos, 2013, João Nicolau)

Mixtakes


("Festa Privada", Mixtakes, 2016, ProfJam)

Já aqui o referenciei, de passagem, pelo menos três vezes (aquiali e acolá).

ProfJam, rapper de Telheiras actualmente a viver e a estudar em Londres, é um dos nomes mais talentosos do hip-hop português mais jovem que vem sendo produzindo. Nestas Mixtakes acabadas de sair (pela Think Music Records, editora independente criada por ele próprio), além da mestria na métrica que já conhecíamos do seu trabalho anterior (The Big Banger Theory - Full Mixtape, 2014), ProfJam surpreende pela aplicação vocal, revelando um domínio absoluto da voz, o que lhe permite não só rapar e cantar, como experimentar uma série de efeitos, nuances, colocações. Em termos temáticos, trata-se de um rap de alguém permanentemente em busca, de procura, algo pouco habitual no hip-hop, onde as letras carregam consigo, tradicionalmente, fórmulas conclusivas, axiomas, máximas. Aqui, não; tudo está a ser percorrido, tudo está a caminho de - caminho individual, espiritual, místico.

terça-feira, 5 de abril de 2016

devagar se vai ao longe



"Slow Love", álbum Changes (2016), Charles Bradley.

domingo, 3 de abril de 2016

sábado

O senhor Júlio, o dono do café, não consegue evitar um certo olhar de censura sempre que tomo o pequeno almoço chegado de uma noitada qualquer. O senhor Júlio está convencido de que eu não reparo no facto de o seu olhar ser, nessas alturas, diferente daquele que me reserva durante a semana, mas eu reparo. Não o levo a mal, no entanto, e sei que em breve estaremos novamente a falar sobre raspadinhas, sobre os jornais diários que não lhe compensa vender (é pena, porque eu seria um cliente fiel, digo-lhe sempre), sobre os assaltos que aumentaram desde que a polícia da esquina se transformou numa farmácia. A menina Luísa, que tem idade para ser minha mãe, chega já estou eu a acabar o croissant com fiambre. Chega mal-humorada, claro, afinal de contas, é sábado e são horas de estar no seu terceiro sono. Levo-lhe a loiça ao balcão e ela desfaz-se logo num sorriso, quase como que se desculpando. Um descafeinado, menina Luísa, por favor. Descafeinado? Ah, sim, está bem, é para ir dormir, não é? É. Pago e despeço-me. Hei-de acordar mais tarde, subir as persianas e vê-la a sair do café já sem a farda, o resto do sábado para ela. Abro a janela: Oh menina! A menina a sair e eu a acordar! Ela, em passo rápido, sorri e acena, É verdade, já me vou, tenha um bom dia! 

dois mil e dezasseis



(Marine Vacth, num filme qualquer, o nome não é relevante, que estreará este ano)

sábado, 2 de abril de 2016

falta grave

Não deixa de ser irónico que, numa era em que a música popular é produzida com recurso exaustivo aos graves (no rap, no trap, no r'n'b, no kuduro, na kizomba, na "bass music", enfim, na electrónica híbrida que virou fenómeno popular de dança), a esmagadora maioria das pessoas oiça música em smartphones e afins ou directamente de portáteis (sem colunas autónomas), dispositivos em que os graves pura e simplesmente não existem. A canção que coloquei no post anterior é um bom exemplo: são duas experiências - e duas canções - totalmente diferentes ouvi-las numas colunas decentes e num telemóvel. Além dos graves, a linha do baixo, absolutamente fundamental na composição porque fonte da sua sensualidade e do seu mistério, eclipsa-se.

sexta-feira, 1 de abril de 2016

I'm better than the first night that we got together



"Love Is Always There", Majid Jordan (álbum homónimo, 2016)

what a time to be alive

"Fatinha, ainda não morri!", diz um senhor velhinho para uma senhora velhinha do outro lado do passeio em Cedofeita, vizinhos e amigos de juventude que não se vêem há cerca de duas semanas.