domingo, 26 de junho de 2011

a "relação pessoal" que criamos com os filmes que vemos

relação pessoal criada a partir daqui.

"É comum o espectador (e não apenas o espectador comum) ter o hábito de medir a qualidade de um filme pela maneira como se reconheceu nele, ou pelo modo como julgou ver nele um reflexo de si ou da sua vida. É uma tendência profundamente humana e ninguém está a salvo dela. Mas deve-se fazer um esforço para não confundir as coisas. É que às tantas é como um tipo chegar-se em frente ao espelho para fazer a barba e ter vontade de dar cinco estrelas. O que, convenhamos, seria um pouco disparatado.

Mas não desesperemos, toda a gente sabe que leva tempo. Jean-Marie Straub disse uma vez esta frase: "Levei 30 anos até conseguir ver um filme sem me pôr lá dentro". Não desesperemos".

sexta-feira, 24 de junho de 2011

estatísticas

valter hugo mãe, licenciado acidentalmente em Direito, disse-me um dia, numa entrevista que tive oportunidade de lhe fazer, que "o curso de Direito nos incha de doutores". A mim, inchou-me de dúvidas.
Sou uma pessoa de contradições e o que estudei contribuiu muito para isso. Foi isso que aconteceu: inchei, insuflei, fiquei obeso de dúvidas. Não é coisa que me não me deixe dormir, mas às vezes receio não levar uma ideia até ao fim (por outras palavras, fazer dela uma acção). Nesses momentos tento sossegar com isto. Ontem como hoje.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

distâncias



Le Mépris (1963), Jean-Luc Godard.