quarta-feira, 30 de junho de 2021

lá no fim do mundo / no primeiro hotel




(LP É Demais, 1981, Doce)

se souberes como se faz





                                                                (LP O.K. K.O., 1980, Doce)

qualquer dia amor / vais mudar de cor




(LP O.K. K.O., 1980, Doce)

terça-feira, 29 de junho de 2021

ESTA SEMANA - ciclo cinema "25 ANOS FDUP E O MUNDO EM TRÊS DÉCADAS: O FIM DA HISTÓRIA QUE NUNCA CHEGOU"


 

Tem início esta quinta-feira, e vai até domingo, o ciclo de cinema 25 ANOS FDUP E O MUNDO EM TRÊS DÉCADAS: O FIM DA HISTÓRIA QUE NUNCA CHEGOU, sempre às 21h00, no Museu de História Natural e da Ciência da UP - a entrada é LIVRE mas sujeita a marcação prévia no portal Eventbrite.

Venham e tragam um amigo também! :)


Programa:

* 1 Julho: Não Consegues Criar O Mundo Duas Vezes (2017), de Catarina David e Francisco Noronha, apresentado pelos realizadores (sessão paralela ao ciclo)
* 2 Julho: O Passo Suspenso da Cegonha (1991), de Theo Angelopoulos, apresentado por Joana Canas Marques
* 3 Julho: Timbuktu (2014), de Abderrahmane Sissako, apresentado por João Sousa Cardoso
* 4 Julho: Se as Montanhas se Afastam (2015), de Jia Zhang-ke, apresentado por Ricardo Vieira Lisboa


Link Evenbrite:

Gift of Gab (1971-2021)


A música que amamos traz-nos memórias difusas, circunstanciais… Uma tarde nos finais da minha adolescência, certo período muito complicado, uma ida ao mecânico, na Maia… Sozinhérrimo a pensar na vida, nisto e naquilo, nada de jeito (nem toda a misery loves company, como é bem sabido), e a ouvir, num CD copiado (continuo a gravá-los para curtir no carro), o “Nia” dos Blackalicious vezes sem conta…

Gifb of Gab era um dos grandes rappers da cena alternativa da Califórnia – ou seja, um dos grandes rappers americanos. Um rapper já então “em vias de extinção”: lúcido, espirituoso, poético, sábio, bonacheirão… Um tecnicista da rima, também; um dos maiores dos maiores. Quando o hip-hop ainda não era popular por cá e levávamos com o "aquilo é só gajas e bling-bling" (mal eles, ou elas, sabiam que não faltavam gajas a cuspir melhor do que gajos, com ou sem bling-bling), nós pensávamos, silenciosos, em rappers como ele, o tipo de boina e óculos, polos XXL listados, um sorriso e um mic...
“Nia” e “Blazing Arrow” são duas obras-primas do hip-hop americano que tive oportunidade de ouvir apaixonadamente num período intenso de descobertas (ah, e "Infinite" uma das melhores colaborações, aliás uma das melhores canções, da saga "Jazzmatazz" de Guru...); depois, perdi-lhes um pouco o rasto (o “The Craft”, em 2005) e aqui no FB, em 2016, numa das primeiras publicações que fiz (!), dava conta de como o “Imani Vol. 1” me tinha escapado, excelente come-back depois de 10 anos de desencontros criativos e, sobretudo, da doença que tornou a vida de Gift num martírio em anos mais recentes… Para me redimir, fui deixando, nesta e noutra crítica, o seu nome (uma paralela e excelente discografia a solo) e o dos Blackalicious como referências, convite à descoberta…
Quem sabe se teremos um segundo volume de “Imani”. Gift of Gab será, fatalmente, uma nota de rodapé nas historiografias do hip-hop, mas quem anda nisto por amor não só não se cansa, como sabe where the skills are. Rest in Words, Timothy Jerome Parker (1971-2021)


Shallow days, you never wanna
Let a brother be a brother
Fully inner to the outer
Caught up in all them hollow nights
Can't escape cause everywhere that I look
People front and it just ain't right

("Searching", LP Nia, 1999, Blackalicious)

quarta-feira, 23 de junho de 2021

pretty baby




                                    (LP Who Loves You, 1975, Frankie Valli & The Four Seasons)

But the night begins to turn your head around



(LP Chameleon, 1972, Frankie Valli & The Four Seasons)


"Beware of his promise
Believe what I say
Before I go forever
Be sure of what you say"

Girl like you




                                                                (LP 4, 1981, Foreigner)

break it up



(LP 4, 1981, Foreigner)

terça-feira, 22 de junho de 2021

mini-ciclo cinema 25 ANOS FDUP E O MUNDO EM TRÊS DÉCADAS: O FIM DA HISTÓRIA QUE NUNCA CHEGOU


Mini-ciclo de cinema 25 ANOS FDUP E O MUNDO EM TRÊS DÉCADAS: O FIM DA HISTÓRIA QUE NUNCA CHEGOU entre 1 e 4 de Julho, sempre às 21h, no Museu de História Natural e da Ciência da UP - a entrada é livre mas sujeita a marcação prévia no portal Eventbrite (links abaixo para efectuar reserva):

- 1 Julho: Não Consegues Criar O Mundo Duas Vezes (2017), de Catarina David e Francisco Noronha, apresentado pelos realizadores (sessão paralela ao ciclo)
- 2 Julho: O Passo Suspenso da Cegonha (1991), de Theo Angelopoulos, apresentado por Joana Canas Marques
- 3 Julho: Timbuktu (2014), de Abderrahmane Sissako, apresentado por João Sousa Cardoso

listen to the kids!

 



Os putos não ficam... Smoke Hills e "O Homem Que Avistou O Sol" no Y da última sexta-feira


Link:

https://www.publico.pt/2021/06/18/culturaipsilon/critica/dois-miudos-lugar-sol-1966353

quinta-feira, 17 de junho de 2021

remember the time




(AZEB EP, 2021, Mereba)

quarta-feira, 16 de junho de 2021

Mini-ciclo de cinema "25 ANOS FDUP E O MUNDO EM TRÊS DÉCADAS: O FIM DA HISTÓRIA QUE NUNCA CHEGOU"


No âmbito das comemorações dos 25 anos da FDUP, decorrerá, entre 1-4 Julho, na Reitoria da UP, o mini-ciclo de cinema que tive o o prazer de programar a convite da minha Faculdade: "25 ANOS FDUP E O MUNDO EM TRÊS DÉCADAS: O FIM DA HISTÓRIA QUE NUNCA CHEGOU". A ideia inicial, muito mais ambiciosa, era a de um ciclo com 25 filmes, um por cada ano, mas por razões práticas não se a pôde, infelizmente, levar por diante (ficou aqui um esboço disso:
https://sigarra.up.pt/fdup/pt/noticias_geral.ver_noticia?p_nr=34274).

Paralelamente ao ciclo, e por insistência da Faculdade, gesto que naturalmente me tocou, será também exibido o filme que co-realizei com a Catarina David, "Não Consegues Criar O Mundo Duas Vezes" (2017).
A entrada é gratuita para toda a comunidade, académica e não académica, wherever you are, e os filmes serão precedidos da apresentação por convidados. Venham e tragam um amigo. Até já!

***


MINI-CICLO DE CINEMA - 25 ANOS FDUP E O MUNDO EM TRÊS DÉCADAS: O FIM DA HISTÓRIA QUE NUNCA CHEGOU"
1 Julho: Não Consegues Criar O Mundo Duas Vezes (2017), de Catarina David e Francisco Noronha, apresentado pelos realizadores (sessão especial paralela ao ciclo)
2 Julho: O Passo Suspenso da Cegonha (1991), de Theo Angelopoulos, apresentado por Joana Canas Marques
3 Julho: Timbuktu (2014), de Abderrahmane Sissako, apresentado por João Sousa Cardoso
4 Julho: Se as Montanhas se Afastam (2015), de Jia Zhang-ke, apresentado por Ricardo Vieira Lisboa

BREVE APRESENTAÇÃO
Os 25 anos da FDUP correspondem a três conturbadas décadas que marcam intensamente o mundo na passagem do século XX para o século XXI. Num esforço de extrema síntese, pretende-se com este comemorativo mini-ciclo de cinema partir da FDUP enquanto Academia – lugar de troca e saber (para o que sempre contribuiu, extra-curricularmente, o Cineclube FDUP) – para olhar e compreender o “mundo no arame” (parafraseando o título da série televisiva realizada nos anos 70 por Rainer Werner Fassbinder) no início de uma nova e turbulenta década sob os auspícios dramáticos da pandemia Covid-19.
O que tem dito o cinema sobre o mundo (o do Direito, também, e dessa sua quiçá “prima muito afastada” chamada Justiça, nas palavras de Manuel António Pina) nestes últimos trinta anos? Ou, de outro ângulo, de que forma tem a realidade inquietado e instigado os cineastas, testemunhas silentes e espantadas, como nós, de um tempo atordoante, vertiginoso? Dos Balcãs à noção existencial, jurídica também, de “fronteira” num mundo no borders (?), do 11 de Setembro ao extremismo político e religioso, das crises climática e dos refugiados ao lugar da China no novo mapa geo-político mundial, eis três filmes – todos realizados nas últimas três décadas – para pensarmos juntos e em conjunto sem redes algumas que não as da curiosidade, da dúvida, do diálogo.

Programação: Francisco Noronha (Alumni FDUP e Jurista; crítico do jornal PÚBLICO e realizador)

segunda-feira, 14 de junho de 2021

How green was my valley


(Sintra, Junho 2021)


"No dia 1 de Novembro de 1937, o Corriere Della Sera publicava um artigo literário pouco habitual. Não quer dizer que o tema fosse invulgar (em questões de invulgaridade os artigos literários habituaram-nos a tudo), mas nele se convocava, directa ou indirectamente, o cinema. O autor da peça era Guido Piovene, o título 'Rascunho para um romance' . Poderá parecer estranho, à primeira vista, que o cinema se introduza precisamente aí, onde se anuncia uma inspiração estritamente literária e, no entanto, desde as primeiras linhas, mesmo antes que o próprio autor reconhecesse a possibilidade do desdobramento cinematográfico, eu já tinha pensado em cinema (...).

(...) há no texto escrito algo de precioso para os olhos, como uma antecipação à alegria das coisas vistas, que faz aspirar instintiva e intensamente à visão concreta e colorida daquele mundo que se apaga num sopro gelado (...). (...) nesta matéria sou fiel à velha convicção de que para fazer bom cinema basta um nada, uma imagem como esta de que brotem outras imagens mais definidas (...). Há-de chegar o dia em que os realizadores terão por hábito anotar serenamente em três linhas, nas agendas, os filmes a realizar, como Tchechov as suas histórias. Assim será significativo demonstrar que ideias capazes de dar vida a coisas belas florescem por todo o lado (...).
(...) É nesta altura que ocorre o grande acontecimento. Ouçamos Piovene: 'E eis que um dia, um deles [camponês de uma verdejante vila montanhosa situada numa ilha que, de súbito, é assolada pelo avanço do gelo, condenando-à miséria e à evacuação da população], ao apascentar os cavalos, estacou aterrorizado. A erva dos prados tornara-se por um momento cor de prata e depois voltara ao normal'. Um instante. 'Depois os instantes uniram-se e o camponês começou a pesar os primeiros grãos de trigo verde e esbranquiçado'. Quanto tempo decorre entre os primeiros sinais de gelo e a partida das populações, o escritor não esclarece.
(...) Posto isto, não me parece ter algo mais a dizer. Creio que estamos todos de acordo numa coisa: que o filme seria indiscutivelmente classificado de 'colosso', o que não deveria desagradar a um produtor arguto. Quanto ao título, todos os filmes têm um, poderia dizer que 'Terra Verde' é o mais indicado para sugerir a ideia da história. Era uma vez uma terra verde...".

Michelangelo Antonioni, Os filmes na gaveta, Edições 70

quarta-feira, 2 de junho de 2021

As fotografias... continuam belas. Nem somos necessariamente outros, estamos apenas em lugares diferentes, paralelos como tudo no universo. Estamos noutras fotografias; estaremos noutras fotografias. Mas aquelas continuam belas, vi-as hoje.





(Anna, 1697, Pierre Koralnik)



terça-feira, 1 de junho de 2021

Let's get crazy tonight



(LP Pursuit of Happiness, 1978, Rupert Holmes)