sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Walsh #35 Crítica - "Now, Voyager"

 
 
Este mês, escrevo para o À pala de Walsh uma crítica sobre "Now, Voyager" (1942), filme dito "de mulheres" (weepies, como ficou conhecido o género nos anos 30 e 40) de Irving Rapper, e que, entre outras coisas interessantes (como a insuperável Bette Davis), desafia a lógica convencional de Hollywood do happy ending. O filme passa hoje no Cineclube de Caminha.
 
Para ler aqui (clicar).

carrossel das mentiras




"Carrossel Das Mentiras" (com Ana Alvarez e Vítor Pinto), álbum Árvores, Pássaros e Almofadas (2014). Minus.

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Artes Entre As Letras #4

O segundo número de Outubro do Artes Entre As Letras saiu hoje para as bancas. Na página 17, escrevo sobre os volumes 2 e 3 de As Mil e Uma Noites e o filme de Manuel Mozos sobre João Bénard da Costa. (para ler, clicar na imagem, guardar e ampliar)





quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Walsh #34 Ó tu que fumas/A Single Man (Sopa de Planos)


 
A nova sopa de planos é sobre cigarros e o meu contributo a partir da estreia auspiciosa do Tom Ford em 2009; no meu texto (clicar), cito este post (clicar), que, de tão bonito, é impossível não gostar. Boas leituras.
 
Para alguém que contabiliza religiosamente, obsessivamente, os dias que faltam até morrer (no caso, até se matar), a frase “FUMAR MATA” não passa de uma boutade. Fumar matará, sim, mas, no caso de George, é o passado, o que foi e inelutavelmente não volta mais, que o mata todos os dias um pouco mais – até à (auto-)destruição final. Aliás, é a morte do antigo companheiro que o “mata” todos os dias um pouco mais – sim, redundâncias à parte, a morte também… mata. Num dos mais discutidos filmes de 2009 entre os que gostaram e os que odiaram (quanto a nós, encontramo-nos no primeiro grupo), esta cena foi também uma das mais badaladas, concentrando em si o traço estilizado de todo o filme, sem nunca cair, porém, num vazio de ideias ou num decorativismo bacoco. Se o cigarro já foi bengala de muito flirt célebre do cinema (e da vida…) – essa talvez a principal razão, aliás, para toda a iconografia em volta do acto de fumar (muito mais que a dos cowboys da Marlboro!) –, a particularidade, aqui, é a de que se trata de um flirt homossexual, o que, na verdade, se mostra pouco menos que irrelevante, na medida em que, hetero ou gay, o que se retém desta cena é um encontro profundamente sensível (mais do que sensual) entre duas pessoas, filmado por Tom Ford com uma enorme justeza. Sobre o tom rosáceo do céu, provocado pelo fumo da cidade, Carlos dirá que “As veces las cosas más horrorosas tien su punto de encanto”. Não o sabe, mas essa frase não podia ser mais apropriada para o seu interlocutor: mesmo na mais profunda depressão, mesmo neste “serious day” (como George lhe chama), dá-se, inadvertidamente, um encontro como aquele. Depois do cigarro do flirt, fumam um segundo, cigarro pós-tensão, cigarro pós-coito, enquanto conversam sobre meia dúzia de coisas que, na sua simplicidade, condensam as aventuras e desventuras da vida. O que aqui brilhantemente se escreveu a propósito de Tournée (Em Digressão, 2010) vale, na plenitude, para o nosso plano: “Relação fugaz, absoluta, dois ou três minutos a valerem por uma vida inteira lado a lado. Não dizem um ao outro nada de jeito… (…) Passou-se tudo o que interessa, inclusive um grande-plano que dura e dura e dura, dela, alguém que não mais irá aparecer na história, para aparecer com certeza muitas vezes na cabeça e sonhos dele. O sublime à primeira vista invisível porque presente no singelo, no dia-a-dia, entre a padaria e o jardim de família, a revelar-se nas frequências muito baixas ou nos tempos mortos.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Há tempos, na ressaca de uns petardos de adeptos benfiquistas que fizeram feridos no Vicente Calderón, e quando questionado sobre a possibilidade de tal se voltar a repetir e implicar sanções para o clube, Rui Vitória foi categórico, utilizando uma frase invulgar no contexto das sempre paupérrimas "conferências de imprensa" futebolísticas: "Quem ama tanto algo ou alguém não lhe quer mal". Mas todos sabemos que não é verdade - e não é só no futebol.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Desculpe, a senhora importa-se de voltar a passar por mim? Ou pode ficar no mesmo lugar e passo eu por si uma segunda vez? O seu perfume lembra-me alguma coisa ou alguém e gostava de o precisar com mais nitidez.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

like father, like son




O The Game nunca foi um dos meus rappers preferidos (longe disso), nem mesmo quando assinou o The Documentary (estreia, 2005), mas isso não me impediu de ir acompanhando o seu percurso, reconhecendo-lhe talento aqui e ali. Uma das mais bonitas faixas dessa estreia era "Like Father, Like Son", que o Game dedicava ao filho acabado de nascer (e onde o Busta Rhymes fazia um refrão que deixou muita gente a pensar em como se tinha perdido um grande cantor de jazz). Agora, 10 anos depois, em Documentary 2 (díptico lançado há dias), "Like Father, Like Son 2" (novamente com o vozeirão do Busta) surge novamente, mas os destinatários, entretanto, já são dois filhotes. Em ambas as músicas, separadas por dez anos, o mesmo pavor, o mesmo desejo: que os miúdos se portem bem, que sejam tipos decentes, enfim, que não conheçam as mesmas ruas e as mesmas actividades que o pai conheceu para se safar em Compton (e de lá sair). A mesma consciência de que eles são a única coisa que lhe permite ter algum juízo e não se meter em mais chatices (cinco chumbos que aquele cabedal na foto já albergou). De que há rumos decisivos na vida e que ele, que aprendeu com o próprio pai os primeiros truques na arte do traficanço, pode ter uma palavra importante nos dos seus pequerruchos.  E foi isto, belo e simples como todas as coisas que realmente importam, que me arrancou um estremecimento a caminho de casa enquanto reparava no Outono anunciado pelas folhas caídas no passeio.

I hope you grow up to become that everything you can be
That's all I wanted for you young'n, like father, like son
But in the end I hope you'll only turn out better than me
I hope you know I love you young'n, like father, like son

My little man your day is coming

Coming, your day is coming

I tell ya, and when it comes just keep it running
Running, just keep it running, I tell you



sexta-feira, 16 de outubro de 2015

show you a hero



(Catherine Keener interpretando Mary Dorman, em Show Me a Hero, Paul Haggis, 2015)

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Hoje, às 18h30, em frente ao Consulado de Angola no Porto: vigília por Luaty Beirão e restantes presos políticos em Angola.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

"Isto demonstra uma teoria minha. Uma pessoa sobe a uma montanha russa para experimentar determinadas emoções, e pergunto-me se não acontecerá o mesmo com uma relação amorosa. Quando era jovem, eu julgava reprovável e até sujo que um homem que se considerava apaixonado empregasse as mesmas palavras com moças diferentes. No entanto, isso não tem nada de mal. A única fidelidade verdadeira das pessoas concentra-se nas emoções que se deseja voltar a sentir".

Norman Mailer, O Parque dos Veados.

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

T&C/AVNP&NMTC

Há dias, dei aqui nota da crítica (clicar) que escrevi a propósito de T&C/AVNP&NMTC. Agora, numa interessantíssima comunicação artista-público, NERVE dá conta, diariamente, do longo processo criativo do álbum, desde os instrumentais, letras, artwork (excelente) até, muito simplesmente, ao estados de espíritos que o acometeram e influenciaram as curvas e contra-curvas de todo o processo. A não perder.

O último registo pode ser lido aqui (clicar), onde encontrarão links para os anteriores.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015



(The Visit, 2015, M. Night Shyamalan)

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Simão Com Tripas

 
 
(As Mil e Uma Noites: Volume 2, O Desolado, 2015, Miguel Gomes)

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

honey, honey, honey




"You're in good hands", álbum Taste Of Honey (1978). A Taste of Honey.

á-á-áfrica




"Mufete", álbum Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa (2015). Emicida.