quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

One step at a time, one punch at a time, one round at a time

 
 
"(...) há a história de uma cidade, Philadelphia, ou Philly, como dizem os residentes. Nunca ostentatória ou forçada, é uma perspectiva das pequenas aventuras quotidianas, como a já referida cena dos cozinhados, na degradação da “zona perigosa” da cidade, nos planos do já mítico caminho de ferro que sobrevoa o ginásio do Mickey, ou na subida das escadas do museu que já é lenda da “história do cinema”. O esplendoroso plano final presta melhor homenagem a uma cidade do que mil cartas de amor. Não há a sujidade operária do primeiro filme, mas ainda assim é das coisas mais próximas de que hoje em dia estaremos de um “cinema de rua” na fábrica de Hollywood.
 
Pode-se dizer e escrever que Creed segue uma fórmula, que é previsível, que segue por caminhos seguros do reconhecimento de quem já viu os outros filmes. É tudo verdade, mas também há, como sempre houve, personagens com o coração na boca, recusa de cinismos, e, maior que tudo, um tremendo arco emocional, simbolizado num raccord de quarenta anos entre um Stallone a correr fulgurantemente pelas  escadas e o mesmo a precisar de ajuda para o fazer, o fim já próximo. (...)".

 

Sem comentários: