("Man with a Movie Camera", 1929, Dziga Vertov)
ainda bem que só ontem vi, pela primeira vez, este Vertov. ainda bem porque, se o tivesse visto há 10 anos atrás, não teria compreendido como ele é o mais cinéfilo dos filmes cinéfilos – com o pormaior de o ser sem o pretender ser, inconscientemente (ou "infantilmente", diria até), sem “meta-referencialidades” deliberadas. não me vou estender sobre como aquilo que ali vemos, filmado nos anos 20, é do que de mais moderno já se fez no cinema (nem sequer é “prenúncio”, é moderno em si mesmo, ponto, consolida ou ultrapassa, até, os "modernistas" dos anos 60 em diante). entretanto, o cineclube do porto celebra hoje o seu 73.º aniversário com um Bresson, Au Hasard Balthazar (curioso cineasta para celebrar um aniversário). e, amanhã, há Bande à part, às 18h… isso: Vertov – Bresson – Godard (esse, o do grupo Dziga-coiso)… Sexta-feira 13, sábado 14, domingo 15, segunda 16, vingt-quatre fois la vérité par seconde…
ontem como hoje, no Vertov e no Hitchcock, o cinema é “a vida dos outros”, a janela, o destapar (o possível) do oculto. o segredo inexorável.
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