Not Waving, but Drowning - inscrição que, retirada de um doloroso poema da escritora inglesa Stevie Smith, não deixa de rimar com o título e o universo lírico do derradeiro álbum do malogrado Mac Miller, de quem Carner é geracionalmente muito próximo - esta sexta-feira no ípsilon e dia 11 de Julho no Alive.
“Dear
Jean”, cantada por Carner e dedicada à mãe, tem, em “Dear Ben”, “palavreada”
por esta última, o seu reverso: na primeira, o filho anuncia à mãe, em jeito epistolar,
que irá sair de casa (literal e simbolicamente) para viver com a amada (“She's not behind me or behind you / But beside we and beside two (…) / So one night I'll be saying ‘I do’ / To a girl that can read my mind too”);
na segunda, a mãe responde ao remetente: “I've
watched you grow, from first kick, to first kiss / Watched you hold your own from boy to man (…) / As you stand firm, bare and bold, not afraid
to walk alone [discreta referência ao hino do Liverpool de que Carner é um
entusiasta adepto] / For I've gained a
daughter / I've not lost a son”.
Entre uma e outra (a principiar e a fechar o disco, tal como Yesterday’s Gone encerrava já com a mãe
de Carner em modo versejador), a passagem do tempo, a vida que se vai fazendo,
num diarístico e tocante registo que tanto traz à memória as confissões de
Adrian Mole como o miúdo do Boyhood de
Richard Linklater".
Link: https://www.publico.pt/2019/06/07/culturaipsilon/critica/velho-jovem-loyle-1874973
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