quarta-feira, 16 de março de 2016

Sam The Kid: a arte superior de um contador de histórias (Parte II)



A segunda parte do meu artigo já pode ser lida no Rimas e Batidas (clicar).

"Note-se que, ao contrário do que é habitual, em que são os homens que se prontificam a pagar bebidas às mulheres (para ser cavalheiros mas, também, para as fazerem “soltar-se” um pouco mais…), em “6 Ta Feira”, é Janice quem põe o narrador “a beber bebidas pesadas (Já ‘tou crazy)”, com o objectivo interesseiro de o alcoolizar e, assim, conseguir o seu propósito, o qual, no caso, não corresponde ao que habitualmente é perseguido pelos homens (o contacto físico e, desejavelmente, uma noite de sexo), mas sim o de lhe sacar os instrumentais (...). (...) A inversão de papéis referida, com a mulher a tentar “embebedar” o homem, é o primeiro indício da posição de fragilidade e dominação em que o narrador, homem, se encontra, questão mais explícita no papel do carro enquanto meio de deslocação, como veremos adiante".

[Excerto]

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