"Entra no Jaragua, e, do lado esquerdo, soa um brasido: ritmos, vozes, música, as máquinas caça-níqueis e as exclamações do jogadores de roleta.
Quando se encaminha para os elevadores, intercepta-a uma figura masculina. É um turista quarentão, ruivo, com a camisa aos quadrados, calças de cowboy e mocassins, ligeiramente bêbedo:
- May I buy you a drink, dear lady? - diz ele, com uma vénia galante.
- Get out of my way, you dirty drunk - responde-lhe Urania, sem parar, mas tendo... ainda tempo para ver a expressão de desconcerto e susto do imprudente.
No quarto, começa a fazer a mala, mas, passado um instante, vai sentar-se junto à janela, olhando as estrelas que luzem e a espuma das ondas. Sabe que não pregará olho toda a noite e que, por isso, tem todo o tempo do mundo para acabar de fazer a mala.
'Se a Marianita me escrever, respondo-lhe a todas as cartas', decide".
No quarto, começa a fazer a mala, mas, passado um instante, vai sentar-se junto à janela, olhando as estrelas que luzem e a espuma das ondas. Sabe que não pregará olho toda a noite e que, por isso, tem todo o tempo do mundo para acabar de fazer a mala.
'Se a Marianita me escrever, respondo-lhe a todas as cartas', decide".
(A Festa do Chibo, M. Vargas Llosa)
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