domingo, 23 de dezembro de 2018

2018 - FILMES



Os 10 filmes do meu contentamento (estreias comerciais em PT apenas):

1. L’amant d’un jour (Philippe Garrel)
2. Ramiro (Manuel Mozos)
3. Cold War – Guerra Fria (Pawel Pawlikowski)
4. Phantom Thread (Paul Thomas Anderson)
5. Roma (Alfonso Cuarón)
6. Le livre d’image (Jean-Luc Godard)
7. Call Me by Your Name (Luca Guadagnino)
8. Frantz (François Ozon)
9. First Reformed (Paul Schrader)
10. Hereditary (Ari Aster)


Outros filmes (estreias comerciais apenas) que levo comigo de 2018: Lean on Pete, Jusqu’à la garde, Lady Bird, Der Hauptmann, Visages villages,Three Billboards Outside Ebbing, Missouri, As Boas Maneiras, Milla, Ana, Mon Amour, Happy End, Thelma.

Tenho sentido a felicidade de, todos os anos, encontrar um filme, pelo menos, com o qual crio uma relação especial, distinta da que mantenho com todos os outros. Isso não faz dele, evidentemente, “melhor” do que os restantes; esta não é a lista dos “melhores do ano” (isso pode ser encontrado nas indiewires desta vida), mas sim, mais modestamente, a lista d' os filmes do meu contentamento. Seriações como esta são apenas isso mesmo: diários de afectos que folhearemos daqui a uns anos e que então nos remeterão para aqueles que ama(á)mos, para noites mal dormidas ou refasteladas tardes de praia, pontadas no peito cuja electricidade desce pelo tronco e faz com que a perna esquerda adopte um passo estranhamento sincopado, diferente do habitual. Em 2018, talvez pela primeira vez, nenhum filme me abraçou dessa forma. Culpa dos filmes, culpa minha? A culpa é sempre dos dois. Reterei, porém, Cleo caminhando em frente; Cleo de pé, sempre. Nunca tentando nadar, apenas caminhando, nenhuma onda capaz de a abalar – no máximo, um cabelo colado às pálpebras que uma mão rapidamente sacode. Cleo.

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