Sopra o vento, sim, mas o tempo, esse, está ainda longe de ter terminado para Kilu, homem de rap adulto cuja melódica global, de uma notória melancolia (a condizer com as gotículas que “enchuvam” a capa do EP) e com um claro gosto pelo experimentalismo, vai sendo contrariada por uma naïveté cuja bondade a bolha de agressividade na qual arfa hoje o mundo tribalizado das redes sociais fez esquecer: um amor, digamo-lo para simplificar, ao próximo, uma fé primária, ancestral, na comunicação humana. Quase 20 anos depois de "Um Outro Lado da Versão", "Rotulado" pode e deve, pois, servir de mola para a recuperação e reavaliação de um dos segredos mais bem escondidos do hip-hop português.
No ípsilon da última sexta-feira, "Rotulado", EP de Kilas, perdão, Kilu
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