quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

2021 - FLICKS



1. Tre piani (N. Moretti)
2. Madres paralelas (P. Almodóvar)
3. Benedetta (P. Verhoeven)
4. Undine (C. Petzold)
5. Bergman Island (M. Hansen-Løve)
6. The Card Counter (P. Schrader)
7. Last Night in Soho (E.  Wright)
8. Halloween Kills (D. G. Green)
9. Malignant (J. Wan)
10. Rifkin’s Festival (W. Allen)


Outros (sem ordem): Minari , La Flor, First Cow, France, Titane, The Human Voice, Miss Marx, Roda da Fortuna e da Fantasia.


O critério adoptado é o de sempre: filmes estreados apenas e só em sala. Carpir o encerramento das salas decorrente da pandemia e depois, na reabertura, ver estreias em casa é peditório para o qual, se alguém já deu, só desperdiçou os tostões necessários para um bilhete de cinema (até os sites que contabilizam as estreias passaram a incluir os néteflicses e quejandos nas suas listas; se não os podes vencer, não te juntes mesmo a eles). Sim, foi um ano que começou mal: ainda se ouviam os ecos das Janeiras e eis que as salas, já de si túmulos fantásticos, se amortalhavam. Depois da reabertura, poucos motivos de regozijo. Só foram chegando mesmo no último semestre, trimestre até, primeiro timidamente (A Ilha de Bergman, Maligno), depois com estrondo (Almodóvar, Moretti, Verhoeven). A Flor poderia ser uma empreitada formidável, as primeiras duas partes (e, em parte, as últimas duas) para isso apontam; depois, vem a redundância, o vazio de ideias, a mesmidade de soluções. É pena. 2021 terminou com Dumbo (1941) (e com a enésima constatação de que a memória é uma cousa tão consistente como um gelado ao sol) – em sala, claro, a da Casa das Artes (Cineclube do Porto). Pela primeira vez desde a estreia de L’arrivée d’un train à La Ciotat (1896), não foi possível mandar calar os faladores na sala – “Oh, Mãe! É um elefante no ar…!”… Casa das Artes onde, aliás, é por estes dias possível visitar a exposição "Mário Bonito: Experimentação do Moderno", por ocasião dos 100 anos do nascimento do cineclubista, cinéfilo, artista e arquitecto portuense. Imperdível. 2022, andiamo!



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