Não vale a pena: eles não resistem. O Público, mesmo no dia em que muda de roupagem, sucumbe à cultura da instantaneização que grassa nos media: não conseguiu manter, por um dia que fosse, o destaque à rubrica dedicada a José Gil (em modo Director-por-um dia) que, durante grande parte do dia, persistiu no canto esquerdo da página on-line do jornal.
Não há lugar para parar e pensar; tudo é velocidade, actualidade, voracidade por quantidade e novidade. Resumindo: mais... e pior. Não é um problema do Público, está claro, mas uma patologia mais abrangente que irrita pela falta de reflexão e quietude que simboliza e, pior, promove, enquanto modo de estar no mundo. Depois querem que as pessoas pensem pelas suas cabeças. Como dizia o Tony, da minha turma (um amigo meu, grande promessa que jogava no Boavista, mas que entretanto, acometido pelo Rimbaud, abandonou as quatro linhas e pôs-se a meditar): "queres milagres...".
Sem comentários:
Enviar um comentário