"1930", álbum CLUB 120º (2014), Alcool Club.
Embora não consiga reconhecer, ao certo, de onde a capa (que se vê acima) de CLUB 120º (2014), o novo álbum dos Alcool Club, é "samplada" (para usar um termo caro ao hip-hop), vi nela, desde o primeiro momento, uma homenagem ao cinema noir dos anos 30 e 40. E é para isso que, nem de propósito, a primeira faixa do álbum, intitulada de "1930", aponta: Eram os tempos da tela branca e preta / extorsão, corrupção, jogo ilegal / lei seca / ruas vestidas de preto e branco / onde a confiança era o mais importante.
Canção-retrato (imaginado/sonhado/mitificado, como estas coisas se querem), portanto, das relações de força, do submundo, da sedução entre homens e mulheres: Cagney, Bogart, Mitchum, Lupino, Jane Greer, Wayworth. É neste mundo que, por coincidência, os meus olhos têm viajado nos últimos tempos; um mundo plasticamente, mas não só, a preto e branco, ou não fossem valores como a lealdade, a honra, o respeito, enfim, o street cred, tudo coisas que não admitiam cinzentos. Ou se tinha ou não se tinha.
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