Há tempos, anunciei o início do Ciclo de Cinema Liberdade, programado pelo Cineclube de Guimarães. O ciclo fecha amanhã, com Un condamné à mort s’est échappé (1956), de Robert Bresson. O meu texto no À Pala de Walsh é uma versão ligeiramente mais extensa daquele que, a convite da Direcção do Cineclube de Guimarães, escrevi para o ciclo, e que, por isso, mais do que uma crítica convencional - que não é -, procura interrogar-perscrutar o cruzamento da(s) ideia(s) de Liberdade neste filme de Bresson. Teria dado para mais (muito mais), mas o tempo, esse, por estes dias só está "para menos". Para ler n' A Pala (clicar).
Deste modo, pergunta-se, será que a filosofia que insufla Un condamné casa bem com a ideia de Liberdade (de auto-determinação e auto-responsabilidade), ou, pelo menos, com uma certa ideia moderna (existencialista, em grande parte) de Liberdade? Quando ao homem não chega a sua auto-determinação, antes carecendo do tal plus transcendental, de que Liberdade falamos ao certo? E a que Liberdade podem (se é que podem) aspirar aqueles a quem a Graça não é concedida, isto é, os “pecadores”?
(Excerto)
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