domingo, 11 de novembro de 2018

não sei do que gosto mais
ou menos
o hospital escuro
as marcas do sangue nas 
negras imundas paredes
deixadas pelas garras
do vampiro que a mão esquerda
da minha mãe golpeia enquanto a direita
me passeia assustado
se o moderno
monumental
alvo brilhantíssimo
distópico hospital
em que somos
minúsculos, pois que até aqui
no lugar
das curas
insistimos em nos 
apequenar, matar 
paradoxais semideuses
que têm
mas não sabem
onde cair
quero dizer,
como cair
mortos
vivos

zombies

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