terça-feira, 16 de abril de 2019

… não esqueço essas palavras bonitas, não… e, de repente, as sete e meia como hora para jantar definida pelos nossos avós parecem-nos o melhor dos mundos. se há coisa que tenho aprendido nos últimos anos - que têm sido também, depois de Requesende e dos passeios na cadeirinha de trás da bicicleta, os melhores da minha vida - é esta: o círculo vai-se completando, as posições vão-se invertendo, a princípio bem demarcadas, no fim - que não é fim nenhum - confundindo-se uma e outra vez. nesse movimento, sei que o cinema teve, tem, um papel essencial: deu-me perspectiva sobre o curso de tudo, reenquadrou-me, ensinou-me a ver, enfim, a big picture. estou-lhe grato por isso. resta-me devolvê-lo a quem, talvez nunca tendo aprendido isto nos filmes (talvez noutros lugares a que eu, por inépcia, não cheguei), participa nesse movimento primordial. … que quando eras pequeno e vinhas para cá, também eu tinha a minha vida e não era por isso que deixava de te fazer as batatas fritas, as festinhas na barriga…

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