No último artigo que escrevi (acolá) para o À pala de Walsh, sobre o filme Fruta Louca (1956, de Kô Nakahira), procurei focar um aspecto que, sob um prisma estético, se revelou revolucionário para toda a filmografia da Nuberu Bagu japonesa: o clareamento programático da fotografia. A propósito disto, referi-me a Jun’ichirō Tanizaki, para quem - e cito - "toda a estética japonesa se superiorizaria à estética ocidental por via, justamente, do predomínio da sombra na composição, de harmonia com esta visão das coisas se esgrimindo que o belo inerente a um determinado objecto se obtinha sempre por contraste com a sombra, sendo essa candência que conferiria valor estético ao objecto".
É precisamente sobre isto, sobre o Elogio da Somba e Tanizaki, que incide o último artigo do António Pinto Ribeiro para o ipsílon de 25 de Outubro, p. 39. Bom proveito.
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