Tudo se complica quando procuramos nas mulheres aquilo que procuramos num filme: o que não é dito, o que fica nas entrelinhas, o que não está à superfície, o que não é imediatamente visível ou perceptível, o que suscita mistério e dúvida, enfim, aquilo que só o tempo - os dias ou as semanas, já depois de termos visto o filme, em que nele continuamos a matutar - ajudará, ainda que não completamente, a desvelar. Nunca acreditei verdadeiramente em filmes "difíceis" (ao menos neste sentido, i.e., no da inteligibilidade dos filmes, desde logo porque estou com aqueles que nem tudo é para ser explicado ou mesmo compreendido), mas, sendo assim, nesse trajecto do cinema para a vida, fará também sentido dizer que não existem mulheres... "difíceis"? E se faz, por que razão, então, aquelas três palavras iniciais?
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