quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Chego a casa. Cansado e dorido.
Com uma mão na cabeça e outra no rato percorro alguns blogs.
Asseveram-se certezas, proclamam-se valores fundamentais do tudo e do nada, formam-se plataformas, joga-se com as pessoas e o mundo numa lógica de custos e benefícios, instituem-se cartas de princípios. Tudo é claro para eles, embora o mundo teime em mostrar que o escuro também existe. É fácil. É tudo fácil. É a dinâmica deste novo mundo. É tudo fundamental, lógico, formal, institucional. Somos todos muito sérios e empreendedores.
Apetece-me dizer alguma coisa. Mas rio-me de tudo. E continuo cansado e dorido.
Deixai-os.

11 comentários:

Anónimo disse...

é mesmo...

D. disse...

eu tenho uma certeza: eu odeio o steve.

Inês disse...

Não fiques assim...

Manuel Marques Pinto de Rezende disse...

é nestes momentos que Francisco Noronha me lembra Jesus Cristo.

Deixai-os.
Deixai-os Pai, que eles não sabem o que fazem...

Dr. Gonzo disse...

Nós vamos deixando-os, mas eles insistem em não nos deixar a nós..quando o dorido nos deixar então ai deixaremos-los nós doridos.

Francisco disse...

Compreendo Manuel. Todos nós temos o seu quê de Jesus Cristo. E de outra coisa que agora não me apetece enunciar, também.
Serviu-te a carapuça, foi? Mais do que te levares a ti próprio a sério a um nível perigoso, ainda tens a presunção de achar que os outros te levam a sério. O que é por sua vez ainda mais perigoso.. Quando o nosso eco é assustadoramente assertivo, então aprender e reflectir deixa de ter sentido: acabaram-se as dúvidas.
Apetecia-me explodir, Manuel. Repara na honestidade com que falo contigo. Mas fazendo jus ao meu texto, vou deixar-te. Como desde há muito tempo faço. Passa bem. E vai declamando mais "uns aspectos claros", uns "benefícios eficazes" e uns "crescimentos ímpares". Aqui a gente vai-se deleitando...

Um abraço

Manuel Marques Pinto de Rezende disse...

não tens de explodir coisa nenhuma francisco, quando eu estou a fazer uma crítica tão construtiva ou mais do que a que tu fazes no teu texto, seja ela enderaçada directamente a alguém ou não.
quanto a carapuças, enfiá-las ou não depende de cada um, eu como não gosto de deixar as pessoas na dúvida trato de as arranjar com os nomes dos destinatários. pode ser menos diplomático, mas é tão errado como se afirmar cansado demais para o fazer.
essa postura de vencido da vida é um embuste, é uma forma de crítica tão àspera como o activismo per se.

portanto não explodas nem fervas em pouca àgua, porque se o teu problema não é ser criticado, mas ser criticado por alguém com o eu, então nesse caso sofremos do mesmo mal no que toca a "crescimentos ímpares" e "institucionalidades".
e repara também na honestidade com que te falo francisco, porque nunca te falei com outra, nem o contrário do mesmo alguma vez esperei de ti.

Francisco disse...

Ehehe... depois de Emanuel, sou um "vencido da vida". A geração de 70 sentir-se-ia insultada. Chama-me outra coisa para a próxima. Assim ninguém dá voltas no túmulo!
Mas disseste bem: activismo de per si. Tal e qual. Activismo por activismo. De facto, neste dito "activismo" eu não encarrilo. Qualquer que seja a sua orientação.
Reflectirmos e interrogarmo-nos pode custar um bocadinho mais. Mas é essa a premissa indispensável para saber o que é... ser activo.

D. disse...

vocês precisam de descarregar a testosterona de outra forma :O bolas

Inês disse...

Isto é a sério?

Francisco disse...

Não, é a brincar! Ai que elas estão tão sensíveis... :)