Tribruto - "Grande e Grosso".
Estes putos do Algarve, uns pândegos do pior, são aquilo que de mais próximo o nosso país ja esteve dos Beastie Boys (com uns Jungle Brothers e uns De La Soul à mistura). Fanfarrões, sem se levarem muito ou nada a sério, fazem da egotrip o seu palco por excelência, e o discurso é, todo ele, gozão e com doses cavalares de sarcasmo e palermice. Os ouvintes de rap português não vão entrar na onda deles, claro, habituados que estão, ortodoxamente, a um rap que tem de ser, por natureza, de consciência social. Convém lembrar, porém, que, pese embora essa dimensão política (que ninguém pode negar), o rap nasceu, em 70, como música de festa e diversão, colorindo os ghettos de uma América profundamente desigual. Portanto, se o rap não é só festa, ele também o é. E se há coisa de que este país precisa como oxigénio é de pagode.
O seu álbum Algazarra é um regaboge pegado do princípio ao fim, e só não se vai rir quem for choninhas.
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