No À pala de Walsh, escrevo sobre o documentário "La Libertad del Diablo", sobre as questões que o realizador Everardo González faz aos entrevistados e sobre as questões que, por sua vez, elas levantam (confusos?).
Gostar de escrever sobre um filme do qual não gostamos - ou, como dizia a Maria de Medeiros em entrevista (http://www.apaladewalsh.com/…/maria-de-medeiros-uma-obra-d…/) há uns tempos, “uma obra de arte existe pelo espaço de debate que cria”.
Link: http://www.apaladewalsh.com/2018/01/la-libertad-del-diablo-2017-de-everardo-gonzalez/
"A distância que vai entre isto e o 'Como se sentiu nesse momento?' que se ouve a jornalistas perante pessoas que acabam de perder tudo num incêndio ou nas cheias não é tão grande assim. Nesse momento, é como se a máscara que cobre a criança caísse, pois que aquilo que ela protege – mais do que a identidade, a sua dignidade – acaba de ser despido, desrespeitosamente despido. 'Le travelling de Kapo'; 'Les questions de La Libertad del Diablo' – e o problema é que, aqui, as 'questions', as perguntas, não são perguntas-de-liberdade ('Les questions de La Libertad'); pelo contrário, elas restringem, condicionam, impõem (para lá, obviamente, do natural “condicionamento” que qualquer pergunta implica) um rumo moral e emocional ao discurso e às ideias".
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