quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

a brincar, a brincar, é que se dizem as ditas

Pois é. Veja-se isto.
Que cada um tire as suas conclusões.

6 comentários:

TR disse...

O que mais me irrita nestas campanhas é como falsamente resolvem um problema. Com a "morte de Deus" nasce um vazio, e o homem passa a ter de resolver o problema do sentido da vida de uma outra forma: existencialismo, por exemplo. Os problemas mantêm-se.

É isso que o ateísmo não consegue perceber. Ter a certeza de que Deus não existe é uma consideração que envolve a mesma fé do que aquela pela qual se tem a certeza de que existe.

Se em vez destas afirmações baratas, ou melhor, da leitura que lhes subjaz, se avançasse para o que realmente importa, para a (tão criticada) tolerância, é que se fazia bem. Com isto não se vai longe.

Francisco disse...

Bom dia :) Isto dava para conversarmos durante horas e horas... mas vou tentar sintetizar a minha opinião.

Tiago, o post não tinha que ver com a mensagem ateísta em si. Leste o link para o Arrastão? Está lá o objecto do post.

Bem, eu não concordo algumas coisas que referiste...
Ponto prévio: Eu não me revejo em parte no ateísmo. Simplesmente porque não tenho capacidade para negar. Não nego nem afirmo. Porque não sei, não conheço. Procuro apenas ir descobrindo coisitas pelo caminho...

Quanto ao sentido da vida: mais do que existencialismo, é o materialismo que eu acho ser importante para o homem. Viver na Terra, construir na terra, sêr feliz e infeliz na Terra, com os homens da terra, com os meios da Terra. E por isso, neste sentido, rejeito e repugna-me qualquer transcendência divina piedosa e de amparo da Humanidade. O homem já tem tanta matéria dentro de si mesmo para aprender, construir, problematizar... Deixem o homem em paz. Não é ele dotado de "razão e consciência"? Eu tenho a certeza (aqui tenho!) que é. Há uns tempos deixei aqui uns excerto acerca do materialismo de Feuebarch e Marx. Dá lá um salto:

Quanto às certezas dos dois lados, estou de acordo contigo. Embora, na generalidade do "homem médio" (sempre a ajudinha jurídica), a certeza do que existe seja por vezes caracterizada por uma cegueira mais profunda. Porque, na generalidade (estou a generalizar, sublinho) dos casos, esse "homem médio" crente nunca se interrogou sobre a sua certeza, muito vezes herdada do processo cognitivo em família e sociedade.

Para terminar: Eu não acho que seja uma afirmação "barata". Até porque não é dogmática: nota no humor do "probably". O que eu acho, e é o que diz o slogan, é que é essa uma filosofia de e para a vida fantástica e com a qual me identifico: enjoy your life. Aqui, na terra. É nela que vivemos.

Francisco disse...

Esqueci-me do link para o excerto. Não encontrei o do Feurbach. Já é antigo. Mas fica outro, do Nietschze (eu sei que é previsível :)): http://obosforo.blogspot.com/2008/10/amemo-nos-caminhando.html

TR disse...

não notei o link.

bem...nao vou adiantar resposta:P prefiro falar depois, com calma, pessoalmente. abraço :)

TR disse...

É o que mais me irrita ainda! campanhas de pressão para se retirar mensagens! GRRR!

(e o preconceito relatado no post, face aos muculmanos, é mais que evidente)

Francisco disse...

Sem dúvida: com calma e pessoalmente. Já estava a pensar em dizer-te isso antes de te responder. :) A questão exige-o...
Um abraço!