que quem faz perguntas a que, previa e conscientemente, sabe que só ela mesmo pode responder, não pode estar a ser honesto consigo mesmo.
E eu conheço uma pessoa a quem acontece isto com frequência. Para piorar, eu já me tentei antecipar por numerosas vezes, substituindo-me a ela e à sua alma na busca de respostas. Os resultados foram sempre maus.
Mas essa pessoa continua a fazer as mesmas perguntas. Sabendo as respostas, mas fazendo-as à mesma. E eu tenho sempre uma vontade quase indomável de, uma vez mais, lhe dar respostas. Quando sei que não vão valer de nada. Porque a essa pessoa não serão mais do que o meio para um nebuloso culto de imobilismo; a mim, far-me-ão sofrer. Mais e mais.
Tenho mesmo que parar de querer dar respostas.
Ou então, também já pensei nesta hipótese, as perguntas não são a mim ou sobre mim dirigidas. Nesse caso, ainda mais estúpido me sinto.
1 comentário:
uma forma de egoísmo encapotada
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