Contou-me uma coisa extraordinária, que tentarei relatar o mais sucinta e fielmente do seguinte modo: está num bar, à noite, e, depois de há minutos ter conhecido uma rapariga e terem trocado os números, decide enviar-lhe uma mensagem perguntando-lhe onde é que está. O pormenor que suscita o interesse desta história está no facto de, no exacto momento em que trocam os números, ele apontar erradamente o dela, um três em vez de um cinco. Por esta razão, a mensagem é enviada para outro destinatário, o qual, e com isto se conclui este espantoso episódio, vem a descobrir ser uma outra rapariga, também presente no mesmo bar, no mesmo momento, com quem se encontrará uns instantes depois e ficará à conversa o resto da noite. Puro e duro acaso, matemática insondável que não se aprende na escola.
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