Para aí cinco miúdos à janela do prédio, vêem-se mais cabelos do que rostos. Em uníssono, gritam ao mesmo tempo e sincronizadamente: Ó boooooa! Um segundo de silêncio e: És-toda-booooa! Depois, escondem-se, os caracóis de um deles ficam descobertos junto ao parapeito. Três, quatro segundos e reaparecem: Ó Joana! Catarina! Raquel! A rapariga não percebe ou faz que não percebe e segue o seu caminho. Passa por mim e deixa de estar no ângulo de visão deles. Olho para cima e vejo-os de novo a assomar à janela, pensativos no porquê de não terem recebido resposta alguma.
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