Não deixa de ser irónico que, numa era em que a música popular é produzida com recurso exaustivo aos graves (no rap, no trap, no r'n'b, no kuduro, na kizomba, na "bass music", enfim, na electrónica híbrida que virou fenómeno popular de dança), a esmagadora maioria das pessoas oiça música em smartphones e afins ou directamente de portáteis (sem colunas autónomas), dispositivos em que os graves pura e simplesmente não existem. A canção que coloquei no post anterior é um bom exemplo: são duas experiências - e duas canções - totalmente diferentes ouvi-las numas colunas decentes e num telemóvel. Além dos graves, a linha do baixo, absolutamente fundamental na composição porque fonte da sua sensualidade e do seu mistério, eclipsa-se.
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