São seis e pouco da manhã e a luz começa a impor a sua mansidão branca, ninguém nas ruas, a mulher ao meu lado leva a mão à carteira enquanto caminha, tira o batom e, acompanhando a conversa com os olhos postos no chão, põe, subtil mas determinadamente, um pouco nos lábios. A mão regressa à carteira, onde larga o batom, e volta de novo para o bolso do casaco. Agora levanta a cabeça, sorri e faz um comentário sobre o assunto.
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