Da minha janela vejo o Bósforo todos os dias: divisões e correntes, agitações e marés. Tal como no homem, tal como no mundo.
sábado, 30 de janeiro de 2010
God loves ugly
Não é dos discos mais felizes que se possam ouvir. Não são as letras mais descomprometidas e amenas que se possam digerir (por mais brilhante que seja a escrita). Mas a gente gosta... que podemos fazer?
"Individually wrapped, placed in neat little rows
Becoming A piece, of everything that grows
Some numbers, A name, to indicate you played the game
Came empty handed and left the same
A soul is A soul and A shell is A shell
The border in between is full of everything you felt
Some cling to A cross because they're tired and lost
They leave it up to the weather to measure the cost
And everytime I look within I recognize the darkness
Familiar to the image of the artist
Staring at the bathroom mirror in A strangers apartment
Can't remember her name, don't remember how I got here
But here I am, thinking about death again
Humbles out the stress, helps the breath get in
I need to check my friends as well as my next of kin
To let them know I love them all to the end
And when the soul begins to reap, I think she'll know me from the sleep
I keep caught in the corner of my bloodshot eyes
And if she has the nerve, to let me dump a couple last words
I'm gonna turn to the earth and scream "Love your life!"
Love your life, quite cliche but I guess thats me
A ball of pop culture with some arms and feet
As discrete as I've tried to keep the drama and cancer
It's no secret I hunger for someone to feed the answers
I never expected a bowl of cherries
I'm just a virgo trying to find my own version of the virgin mary
And when I let them carry me to a cemetary
I wanna be buried with a pocket full of clarity
[Chorus]
Now, how many times must you prove you're an angel
How many more demons do you have to strangle
How much longer must you remain in this dream
Before I finally figure out if you're insane or a genius
How many times must you prove you're an angel
How many more demons do you have to strangle
How much longer must you remain in this dream
Before I finally figure out if you're insane or a genius
Let no tears to fall from none of y'all
Just remember it all, the beauty as well as the flaws
L-O-V-E L-I-F-E
Here lies Sean, finally free
And as I look across the sea I smile at the sun
While it feeds the weeds the nutrition they need
The people still breathe, the city still bleeds
I'm going to love it to death and keep planting my seeds
I'm going to love it to death and keep an eye on the seeds
I'll be in love till im dead, I keep reaching the seeds
I'll give all I got left just to teach you to read
Love life to the death and keep planting my seeds
And when the soul begins to reap, I think she'll know me from the sleep
I keep caught in the corner of my bloodshot eyes
And if she has the nerve, to let me dump a couple last words
I'm gonna turn to the earth and scream (Love your life)"
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Peço desculpa aos autores dos comentários do post que aqui figurava - a propósito da banda The XX - mas o local original desse mesmo post era aqui. Por engano, deixei-o neste espaço.
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
As relações entre pessoas que se estimam conseguem ser admiráveis. Admiráveis para nós, que as observamos e desenvolvemos. Sorriem, penso gosto dele, um percurso fortuitamente em comum ao fim do dia de volta para casa, não o imaginava assim tão gentil, um almoço que calha bem naquele dia aos dois porque eu saio ao meio dia e tu só entras às duas, não é?, recordações iguais em tempos e situações diferentes, han o teu pai chama-se António? engraçado o meu avô também, um dia que passou e o calendário que conta um ano por cada um: não gostas de peru como é isso possível? morria se tivesse que comer bacalhau. A surpresa de uma correspondência não expectável, a urgência de um afecto atendida e... já estou farto daquele café, eu também já foste aquele?, não tu também não? então vamos lá, não também não tenho nada para fazer. Mãe, estás a ver aqui na fotografia é aquele amigo de que te falei. Ah sim filho lembro-me: o primeiro uso inadvertido da palavra que nos faz piscar os olhos quando fazemos o parto da ideia e a deitamos cuidadosamente, felizes, numa frase.
Os que estimam, chegam então à conclusão, não como meta mas como assomo e entusiasmo, de que olha, gosto de gostar de ti! Gosto de gostar, admiram-se eles com a sinceridade do mais íntimo de si, admiram-se com gostar de gostar porque é um raciocínio que de imediato compreendem obedecer a uma lógica avassaladora: gostar de gostar porque, sim, caramba faz sentido!, o primeiro verbo como etapa mecanicamente anterior do seguinte, sim, como o supedâneo mais natural do mundo, um não vive sem o outro!, gostar não vive sem o gostar de atrás de si. Gosto mesmo de gostar de ti, gosto de gostar mesmo de ti?... E então, ahh! então é como se lhes fizesses cócegas debaixo dos braços!: amizade.
Os que estimam, chegam então à conclusão, não como meta mas como assomo e entusiasmo, de que olha, gosto de gostar de ti! Gosto de gostar, admiram-se eles com a sinceridade do mais íntimo de si, admiram-se com gostar de gostar porque é um raciocínio que de imediato compreendem obedecer a uma lógica avassaladora: gostar de gostar porque, sim, caramba faz sentido!, o primeiro verbo como etapa mecanicamente anterior do seguinte, sim, como o supedâneo mais natural do mundo, um não vive sem o outro!, gostar não vive sem o gostar de atrás de si. Gosto mesmo de gostar de ti, gosto de gostar mesmo de ti?... E então, ahh! então é como se lhes fizesses cócegas debaixo dos braços!: amizade.
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
oh mariquinhas não me vais chorar agora pois não?, olha como sou criança e não choro, mariquinhas. oh mariquinhas não sejas mariquinhas que a vida segue em frente, porque não sais um pouco?, em frente como o poema em linha recta dos outros dois, anda lá vai comer um pouco dos lampiões da noite, mas não faças da vida um poema, mariquinhas. vai que eu fico aqui de barriga virada para o infinito. quando lá chegar, ao infinito sim mariquinhas que nesta idade os meus suores ainda têm fé nessa quimera, mariquinhas quando eu lá chegar tu também vais estar lá, supreendido mas vais. E vamos dar as mãos, firmes, amando-nos como maricas, como irmãos.
E agora antes do banho morno, que fazes tu, vais escrevê-lo é?, és mesmo mariquinhas, por isso te amo tanto. mas não faças disto literatura, poemas fogo com eles!, com a literatura devemos ser mariquinhas, mariquinhas.
E agora antes do banho morno, que fazes tu, vais escrevê-lo é?, és mesmo mariquinhas, por isso te amo tanto. mas não faças disto literatura, poemas fogo com eles!, com a literatura devemos ser mariquinhas, mariquinhas.
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
Que se passa com ele, sabeis?, ele sempre assim
Pois que também se passaria assim comigo, fosse esse o meu novelo.
Mas que se passa com ele, ele sempre assim, uma alminha, luz fraquinha, um clarão, um piscar
Pois que essa vossa última palavra é a resposta para a pergunta que fazeis.
Não vos entendo, é que ele sempre assim, apressado ou triste, é que, e vagaroso, parece que o seu coraçãozinho é o susto tornado matéria
Pois que pisca, lembro-vos...
Um susto que pisca?
Ou um coraçãozinho que pisca, como preferires.
Pois que também se passaria assim comigo, fosse esse o meu novelo.
Mas que se passa com ele, ele sempre assim, uma alminha, luz fraquinha, um clarão, um piscar
Pois que essa vossa última palavra é a resposta para a pergunta que fazeis.
Não vos entendo, é que ele sempre assim, apressado ou triste, é que, e vagaroso, parece que o seu coraçãozinho é o susto tornado matéria
Pois que pisca, lembro-vos...
Um susto que pisca?
Ou um coraçãozinho que pisca, como preferires.
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Olha olha como te preocupas, como quando alguém te chama vais lá e estás com um olho lá e outro cá. Olha olha o balanço extraordinário que fazes para não deixares aqui nada por dar atenção ou afecto enquanto vais ali. Olha olha esse um pé cá um pé lá, sempre jogando com o equilíbrio dos astros para manteres a tua estrela acesa, luminosa. Olha olha como vestes a farda do ardina vendendo um jornal aqui nunca descurando o outro que pode ser vendido ali, a farda do bombeiro apagando um fogo aqui correndo para acolá. Olha olha moço, como transpiras do corpo e da alma para teres numa mão o sol a nascer e na outra o mais belo pôr do sol, os braços esticados e teus olhos estrábicos. Olha, olha o que eu te digo moço!, que vestes camisa tão trabalhadora, olha como mudas (olha que mudas!) a ordem natural do mundo nessa espécie de escondidinhas-caçadinhas. Olha... 1 2 3, como me chamo, como te chamas, devia dizer agora: stop!
1 2 3, 1 2 3, 1 2 3, 1 2 3, corre moço! Ou já não queres unir os dois pólos do mundo com as tuas mãos?
1 2 3, 1 2 3, 1 2 3, 1 2 3, corre moço! Ou já não queres unir os dois pólos do mundo com as tuas mãos?
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
Embriagado, de estômago farto, caminhaste comigo pela calçada, vais por onde?, ah se vais por aqui vou contigo, está bem, ou queres ir andando? não, vem comigo até mais lá à frente.
Com os olhos mortiços e um sorriso puro mas cansado, pardacento, disseste-me diverte-te e não te encafues han, tem um bom ano meu querido, meu extraordinário. Sim.
Rodei nos calcanhares, chorando-me por cada nervo trémulo do meu corpo, puxei a gola para cima, chorando-me por cada nervo trémulo do meu corpo e inspirei o ar de frente.
Choro, choro-me, sempre que recordo essa imagem que ainda nem tempo de vida teve para ser imagem ou memória, tu e o teu ombro que serviu de janela às minhas lágrimas, escondidas de ti, pingando nas tuas costas.
Com os olhos mortiços e um sorriso puro mas cansado, pardacento, disseste-me diverte-te e não te encafues han, tem um bom ano meu querido, meu extraordinário. Sim.
Rodei nos calcanhares, chorando-me por cada nervo trémulo do meu corpo, puxei a gola para cima, chorando-me por cada nervo trémulo do meu corpo e inspirei o ar de frente.
Choro, choro-me, sempre que recordo essa imagem que ainda nem tempo de vida teve para ser imagem ou memória, tu e o teu ombro que serviu de janela às minhas lágrimas, escondidas de ti, pingando nas tuas costas.
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